Operação contou com apoio das polícias civis de cinco estados – (crédito: PCDF/Divulgação)
No Distrito Federal, um homem e uma mulher moradores de Ceilândia foram presos acusados de serem comandantes da organização criminosa que teria cometido o delito
Um grupo especializado no golpe do falso sequestro mobilizou a Polícia Civil do Distrito Federal, que deflagrou uma megaoperação e prendeu seis pessoas, no DF e nos estados da Bahia, de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Paraná. As investigações, conduzidas pela 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), revelaram que os integrantes da organização criminosa praticavam extorsões e induziam as vítimas a acreditar que os familiares estariam em poder de bandidos.
Na capital federal, um homem e uma mulher moradores de Ceilândia foram presos acusados de serem os “cabeças” da organização. A apuração policial começou há cerca de dois meses, depois que um casal do Lago Sul foi extorquido pelo grupo. Por meio de ligação, os criminosos se passaram por sequestradores e afirmaram que estavam em poder de uma pessoa conhecida das vítimas. No total, elas tiveram um prejuízo de R$ 100 mil.
Delegado que investiga o caso, Tiago Carvalho, da 10ª DP, afirma que a organização se dividia em pequenos núcleos. “Um deles ligava, e o segundo buscava o dinheiro em um local previamente definido pelos criminosos. Um terceiro grupo sacava o valor, e os outros autorizavam o uso das contas bancárias”, explicou.
Prisões
Na última quarta-feira (2/3), investigadores da 10ª DP deflagraram a operação à procura dos acusados. O casal do DF suspeito de comandar a organização foi preso depois de chegar à Bahia — estado em que os dois eram monitorados e onde usaram o dinheiro obtido por meio das extorsões. A ação teve apoio das polícias civis das unidades da Federação onde ocorreram as buscas.
Os três integrantes do grupo restantes, que atuavam em outros estados e teriam se beneficiado dos crimes, segundo as investigações, também foram detidos. “Todos permitiram, mediante obtenção de vantagem ilícita, que as contas bancárias deles fossem usadas para receber valores transferidos pelas vítimas”, acrescentou o delegado Tiago Carvalho.
Operação contou com apoio das polícias civis de cinco estados – (crédito: PCDF/Divulgação)
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