A Petrobras é um dos maiores símbolos da soberania nacional brasileira. A começar pelo processo do seu nascimento, uma campanha que atravessou décadas e mobilizou patriotas de diferentes matizes. A empresa surgiu no contexto de afirmação do país no cenário internacional, num momento em que havia uma forte ofensiva do cartel petrolífero privado internacional pelo controle das reservas mundiais.
Sua criação foi um feito, marcado na história brasileira pelo slogan “O petróleo é nosso”. Desde então, seu papel na industrialização do país tornou-se insubstituível. Atacada desde sempre pelo que se convencionou chamar de entreguismo, ela se manteve exatamente por ter essa importância estratégica.
Agora, com a greve dos petroleiros, o país tem a chance de ver com mais detalhes o tamanho do estrago que o bolsonarismo e o lavajatismo tem causando. A categoria vem mostrado que, de patamar em patamar, tudo o que havia sido erguido para recuperar a empresa e dar-lhe suporte na sua fase do pré-sal está sendo desmontado. Inclusive o regime de partilha, tão importante para o controle das reservas nacionais.
Na impossibilidade de vendê-la no atacado, o governo optou por fatiá-la e privatizar aos pedaços. E assim, de forma sorrateira, vai incluindo a empresa no plano da meta financeira do ministro da Economia, Paulo Guedes. Óbvio que o objetivo de liquidar totalmente a empresa não é fácil. A Petrobras ainda ostenta força, que vem do respeito como símbolo da soberania do país.
Mas a execução do seu papel principal, o de fomentar a reindustrialização, fica comprometido. Um exemplo flagrante é a política de preço dos combustíveis, que se transformou num foco de crise política. A temperatura subiu ainda mais com a atitude irresponsável do presidente da República, Jair Bolsonaro, de, demagogicamente, jogar na conta dos governos estaduais a tarefa de reduzir os preços.
A verdadeira responsabilidade por essa política recai sobre o seu governo, que manteve a política de preços dos combustíveis atrelados à cotação internacional do petróleo, herança da administração de Michel Temer.
É uma anomalia, está claro. A Petrobras foi criada para administrar o petróleo nacional do poço à bomba, função exercida por toda a sua rede de subsidiárias. Com essa atribuição, caberia à empresa administrar a política de preços dos combustíveis de acordos com variáveis internas.
É importante recordar que a Petrobras foi enredada na trama da Operação Lava Jato, uma farsa demonstrada pela constatação de diversos procedimentos ilegais, à margem do Estado Democrático de Direito. Em nome de um falso combate à corrupção, a empresa foi lançada numa ravina de calúnias, com o objetivo evidente de transformá-la num pretenso exemplo de ineficiência estatal.
Com essa ofensiva, o imenso entorno que se formou com a cadeia de petróleo e gás, comandada pela Petrobras, foi pulverizado, gerando sucateamento da indústria nacional, destruição do seu parque tecnológico e desemprego em massa. A desindustrialização do país, que já vinha em marcha batida, se acentuou. Pior: perdeu-se a perspectiva de ser revertida, criando as condições para a reindustrialização do país.
O resultado aparece nos indicadores recentemente divulgados. Não sem motivo, a Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE, mais tarde BNDES, com o acréscimo do “Social”) foram criados, por Getúlio Vargas, como centros de fomento da industrialização pesada do país. Os ataques entreguistas a essas duas instituições pelo bolonarismo são reveladores.
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