O texto é assinado pela escritora e jornalista brasileira Vanessa Barbara e faz um resumo das conversas entre Moro e procuradores da “lava jato” divulgadas pelo site The Intercept Brasil desde o início de junho. Segundo Barbara, as mensagens mostram que Moro, muitas vezes, extrapolou seu papel de juiz, que deveria ser de alguém imparcial, para atuar como conselheiro da acusação, o que é proibido por lei.
“A ação de Moro é altamente imoral – se não totalmente ilegal. E viola a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz que todas as pessoas têm direito a um julgamento justo”, diz o texto.
Para a escritora, Moro descumpriu um princípio básico da magistratura, de que o juiz deve manter uma distância equivalente das partes, evitando qualquer tipo de comportamento que possa refletir “favoritismo, predisposição ou preconceito”.
Por fim, a autora lamenta que nenhuma medida tenha sido adotada na prática desde o início do vazamento das conversas: “E por mais incrível que pareça, Moro continua sendo nosso ministro da Justiça”.
De Conjur
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