Terminei de ler agora a reportagem completa da revista Veja desta semana, e que saiu hoje.
A minha vontade é ver o prédio onde fica a Abril Cultural, editora da Veja, em chamas.
Descreverei primeiro a rotina de Lula, segundo os seus advogados, familiares e políticos que o visitaram.
Lula está numa cela de 15 metros quadrados e a mordomia está em ter um vaso sanitário, ao invés de “boi”, um buraco no chão.
Ele acorda por volta das sete horas e faz uma caminhada, dentro da própria cela, toma banho, toma café com pão e manteiga, dedicando-se à leitura, depois.
Sua única mordomia é a dispensa da faxina na própria cela, o que os outros presos fazem.
A porta não é trancada, mas Lula não sai, e guardada por dois policiais de elite, bem armados, não para conter Lula, mas para protegê-lo de possíveis atentados.
Sua relação com os funcionários é amistosa e o tratam por “Presidente”, sem que ele fale de política, o que é óbvio, qualquer coisa que falasse, nesse sentido, seria informação, e seus algozes não devem saber do que ele pensa e pretende.
Esta é a rotina dele.
E o que disse a Veja?
Que Lula é tratado por “Escobar”, em alusão ao mega traficante Pablo Escobar, por causa das mordomias que tem.
Que Lula tem cometido inconfidências aos policiais, entre elas o de afirmar que a culpada pela atual situação do Brasil é a Dilma e que está decepcionado com Gleise Hoffmann, que lhe prometeu parar o Brasil e não o fez.
Quem conhece Lula sabe do seu espírito de companheirismo e lealdade. Mesmo que pensasse isso só confidenciaria a um ou dois companheiros muito íntimos e de extrema confiança e não a policiais, e Gleise jamais faria uma promessa dessa a Lula, porque ninguém, nem mesmo Lula, consegue parar o Brasil hoje, a conjuntura política e econômica não permitiriam.
Gleise e Lula não são amadores nem porra loucas.
A revista afirmou ainda que Lula pediu à juíza Lebbos um frigobar com cervejas, o que não duvido, mas em tom de brincadeira, sacanagem, já que Lula é um gozador por essência.
Isto é a revista Veja. Esta é a bíblia de bolsonaristas, a propagadora das verdades que servem de argumentos para os coxinhas, nas discussões.
Como afirmei no início, um incêndio no prédio da Abril seria providencial.
Francisco Costa
Rio, 05/05/2018.