Avaliação é de que o depoimento do ex-comandante do Exército alivia as suspeitas de que teria existido um movimento golpista na cúpula da Força
Membros do Alto Comando do Exército avaliam como positivo o depoimento do ex-comandante da Força, general Marco Antônio Freire Gomes, à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que apura uma suposta trama golpista para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Generais ouvidos pela coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, avaliam que “os esclarecimentos feitos por Freire Gomes ajudem a ‘aliviar’ a suspeição de que teria existido um movimento golpista na cúpula do Exército”. Em seu depoimento à PF, Freire Gomes detalhou sua participação em uma reunião na qual Bolsonaro discutiu minutas golpistas, mas ressaltou que se opôs à intentona golpista.
O depoimento de Freire Gomes segue a linha do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, que afirmou em sua delação premiada à PF que o único comandante das Forças Armadas que teria concordado com a proposta golpista do então mandatário foi o almirante Almir Garnier, da Marinha.
“Na caserna, a leitura é que o depoimento de Freire Gomes reforça a mensagem que a atual cúpula das Forças Armadas repete: apesar das pressões externas, principalmente de Bolsonaro, o comandante do Exército, que é o responsável pela tropa, não abraçou o golpe”, destaca a reportagem.
A Avaliação dos altos oficiais é que o depoimento de Freire Gomes destaca que o comando do Exército estava alinhado com os princípios democráticos e determinado a trabalhar pela transição para o governo Lula.
Com informações do Brasil 247
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