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Governo Lula considera troca na Secretaria de Relações Institucionais para garantir maior estabilidade no Congresso

247 – Diante da resistência em entregar o Ministério da Saúde ao Centrão, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda a possibilidade de deslocar Alexandre Padilha da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) para a Saúde, abrindo espaço para que o maior bloco parlamentar da Câmara assuma a articulação política do Palácio do Planalto. A informação foi publicada pelo Valor Econômico e confirmada por integrantes do governo.

A SRI, atualmente sob o comando de Padilha, tem como uma de suas principais atribuições a distribuição das emendas parlamentares, tornando-se uma das pastas mais disputadas pelo Centrão. Segundo um ministro do governo ouvido pelo Valor, a possibilidade de que a secretaria passe para um nome do bloco é vista como “muito forte” dentro da Esplanada. A mudança faz parte das discussões para uma possível reforma ministerial, cujo objetivo é dar maior estabilidade política ao governo nos últimos dois anos do mandato de Lula.Play Video

Inicialmente, o governo não queria abrir mão nem da Saúde nem da SRI, mas, nos últimos dias, ganhou força a ideia de ceder uma das duas pastas para garantir uma relação mais harmônica com o Congresso. O Ministério da Saúde, por seu peso estratégico nas eleições de 2026, passou a ser visto como uma prioridade para o PT, o que fortaleceu a ideia de transferir Padilha para o lugar de Nísia Trindade, mantendo o comando da Saúde sob influência direta do partido.

Caso essa movimentação se concretize, o Centrão não apenas assumiria o controle da liberação de emendas parlamentares, mas também ganharia um espaço privilegiado no Palácio do Planalto, onde a estrutura da SRI está localizada. Essa proximidade com o gabinete presidencial aumentaria a influência do bloco dentro do governo.

Nos bastidores, dois nomes surgem como favoritos para assumir a SRI em nome do Centrão: o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que pertence ao mesmo partido do ex-presidente da Câmara Arthur Lira.

Outro ponto em discussão na reforma ministerial é a ampliação do espaço do PSD no governo. Integrantes do partido e aliados do Palácio do Planalto defendem que a legenda, presidida por Gilberto Kassab, ganhe mais espaço na Esplanada. Atualmente, o PSD já comanda os ministérios de Minas e Energia (Alexandre Silveira), Agricultura (Carlos Fávaro) e Pesca (André de Paula), mas sua bancada na Câmara se considera sub-representada e reivindica um ministério de maior peso.

Lula já afirmou publicamente que Silveira permanecerá no comando de Minas e Energia, já que ele é considerado uma indicação pessoal do presidente. No entanto, auxiliares do governo reconhecem que a reforma ministerial pode levar a mudanças também em outras pastas, como o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e o Ministério das Mulheres.

No caso do MCTI, há especulações de que a ministra Luciana Santos (PCdoB) possa ser deslocada para outra posição, abrindo espaço para um nome indicado pela base aliada. Uma das possibilidades ventiladas é que Luciana assuma o Ministério das Mulheres, atualmente sob o comando de Cida Gonçalves, que poderia ser afastada. Outra alternativa cogitada é a indicação da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) para o MCTI, fortalecendo a presença feminina no governo e aproximando Lula do eleitorado jovem.

A decisão final sobre a reforma ministerial ainda depende de negociações políticas, mas o cenário indica que o governo está disposto a abrir espaço para o Centrão na articulação política, desde que mantenha sob seu controle áreas estratégicas para 2026.

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