Homem carrega criança morta entre escombros de bombardeio israelense em Gaza. Foto: Motaz Azaiza/UNRWA

Após matar mais de 40 mil palestinos na Faixa de Gaza, Israel anunciou sua retirada do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira (6), seguindo os passos dos Estados Unidos, que deixaram o órgão na terça-feira (4). A decisão foi comunicada pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, em uma carta ao presidente do CDH, Jorg Lauber.

Katz justificou a saída como uma resposta ao “contínuo e implacável viés institucional contra Israel” desde a criação do conselho, em 2006. A medida ocorre em meio a tensões crescentes no cenário internacional, especialmente em relação ao conflito entre o país sionista e Hamas.

A retirada de Israel do CDH foi classificada como “extremamente grave” por Francesca Albanese, relatora especial da ONU. O conselho, criado para promover direitos humanos como liberdade de expressão, crença e direitos das mulheres e da população LGBT, também investiga violações cometidas por estados-membros.

No entanto, Israel e os EUA criticam o órgão por supostamente concentrar suas críticas em ações israelenses, enquanto ignoram violações cometidas por outros países.

Donald Trump, presidente dos EUA, e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. Foto: Chip Somodevilla/Getty

A decisão do país sionista ocorre dois dias após o presidente dos EUA, Donald Trump, assinar uma ordem executiva retirando o país do CDH e suspendendo o financiamento à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA).

A UNRWA, criada há 75 anos para ajudar refugiados palestinos após a guerra de 1948, é a principal organização da ONU que presta assistência e educação a milhões de palestinos na Cisjordânia e em Gaza. Recentemente, Israel votou pelo fim do acordo que permitia o funcionamento dos escritórios da UNRWA no país.

Durante a assinatura da ordem executiva, Trump fez declarações polêmicas ao sugerir que os palestinos que vivem na Faixa de Gaza deixem o território, ideia apoiada pela extrema-direita israelense.

Analistas internacionais alertam que tal proposta configuraria limpeza étnica, violando o direito internacional. Apesar da repercussão negativa, Trump reiterou sua posição nesta quinta-feira, defendendo que Gaza seja entregue a Israel e descrevendo a ideia como “um dos empreendimentos mais espetaculares da Terra”.

As declarações de Trump geraram preocupações sobre um possível deslocamento em massa de palestinos, o que poderia enfraquecer a proposta de criação de um Estado palestino. O conflito entre Israel e Hamas, que resultou em mais de 40 mil mortes e uma crise humanitária em Gaza, foi interrompido por um cessar-fogo em janeiro, mas as tensões permanecem altas.

A proposta de Trump foi rejeitada pela Jordânia, país que abriga uma grande população de refugiados palestinos. O ministro das Relações Exteriores jordaniano, Ayman Safadi, afirmou que a rejeição ao deslocamento dos palestinos é firme e não mudará. “A Jordânia é para os jordanianos, e a Palestina é para os palestinos”, disse Safadi.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

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