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Manifestantes golpistas invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto – Foto: Reprodução

Investigadores da Polícia Federal (PF) responsáveis pela condução dos inquéritos abertos para apurar o caso dos bolsonaristas envolvidos nas invasões das sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília, têm se irritado com as denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os terroristas.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, a PGR, por meio do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, já ofereceu denúncias contra 653 suspeitos de participação nos atos golpistas promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na capital federal.

No entanto, os investigadores classificam essas denúncias como midiáticas e avaliam como uma tática para tentar melhorar a imagem de Augusto Aras. O que mais irritou os agentes foi o fato da PGR não aguardar o encerramento dos inquéritos em andamento para oferecer as denúncias.

Diante disso, as denúncias já feitas se tornam frágeis porque não possibilitam a individualização da conduta de cada suspeito e não são embasadas em perícia, o que pode acabar abrindo uma margem para contestação das defesas na fase processual. Até o momento, o Supremo não julgou nenhuma das denúncias.

Policiais lembram que Aras teve diversas oportunidades nos últimos anos de barrar o golpismo do ex-presidente, mas sempre foi “compreensivo” com o ex-chefe do Executivo. Vale destacar que a mudança da postura de Aras começou com a derrota de Bolsonaro nas urnas e com a escalada da violência dos atos golpistas.

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