Segundo registros de acesso da Presidência durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), três dos 52 suspeitos de financiar os atos terroristas em Brasília no dia de 8 de janeiro estiveram no Palácio do Alvorada em 2020 e 2021, no chamado “cercadinho”.
Bolsonaro criou seu “cercadinho” durante a pandemia de Covid-19. Após uma série de ofensas disparadas a repórteres, os jornais deixaram a cobertura in loco e o então mandatário passou a receber apenas os apoiadores em uma área dentro do gramado do Alvorada, longe das câmeras de imprensa tradicional. Bolsonaro adotava o hábito de receber grupos de apoiadores pela manhã e pela tarde, nos momentos em que saía do Alvorada e regressava à residência oficial.
O jornal Metrópole, por via da Lei de Acesso à Informação (LAI), solicitou ao Gabinete de Segurança Nacional (GSI) as informações contidas nos registros de visitantes do ex-capitão. Dentre as visitas, os registros divulgaram nomes como o de Márcia Regina Rodrigues, o empresário João Carlos Baldan e Pablo Henrique da Silva Santos, em 2/5/2020.
Regina Rodrigues tem 48 anos e mora em Ribeirão Preto (SP). De acordo com dados da Justiça Eleitoral, ela forneceu R$ 5 mil para custear “atividades de militância e mobilização de rua” da campanha de Isaac Antunes (PL-SP) a deputado federal.
O empresário João Carlos Baldan, de 47 anos, fretou um ônibus para levar bolsonaristas de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, ao ato golpista na capital federal. Antes dos ataques ao Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF), João postou um vídeo com insultos e ameaças ao ministro Alexandre de Moraes.
Em 7 de janeiro, Baldan exibiu imagens do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Ele também tem fotos, em suas redes sociais, ao lado da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Mais informações à respeito de Pablo Henrique da Silva Santos, Belo Horizonte (MG), não foram encontradas.
O prejuízo total das ações terroristas dos apoiadores de Bolsonaro já ultrapassa os R$20 milhões, além da perda de obras de arte inestimáveis para a história brasileira.
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