A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, viaja ao Uruguai, sinalizando que o acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul pode ser anunciado entre quinta-feira (5) e sexta-feira (6), conforme informações do colunista Jamil Chade, do UOL.
Após 25 anos de negociações, o pacto prevê abertura de mercados e uma aliança estratégica entre os dois blocos. Negociadores descrevem o tratado como “histórico” e de grande relevância geopolítica, apesar de não atender plenamente às expectativas dos exportadores sul-americanos.
Diplomatas indicam que Von der Leyen só embarcaria se houvesse uma chance concreta de entendimento, e sua viagem aumenta as possibilidades de que o anúncio aconteça nas próximas horas. No Mercosul, os países fundadores chegaram a um consenso e aceitaram o texto do acordo comercial com a União Europeia, incluindo tanto o presidente Lula (PT) quanto Javier Milei em uma rara convergência.
Alterações estratégicas no tratado
A cúpula do Mercosul, que começa nesta quinta-feira (5) em Montevidéu, foi escolhida como palco para o anúncio. Ursula von der Leyen já tem agendada uma reunião com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, assim que chegar à capital.
Apesar do otimismo, diplomatas mantêm cautela devido aos repetidos fracassos ao longo dos anos. “Já estivemos muito próximos em outras ocasiões”, afirmou um experiente embaixador. No entanto, negociadores admitem que nunca o pacto esteve tão perto de ser finalizado.
Em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), um entendimento preliminar foi alcançado. Na época, tanto Bolsonaro quanto o então presidente argentino, Maurício Macri, buscavam mostrar resultados de suas políticas externas.
Contudo, o Brasil cedeu em áreas estratégicas, como a abertura dos setores de saúde e educação em compras governamentais. Em 2023, Lula revisou o tratado e excluiu a abertura das licitações do SUS, protegendo a indústria nacional de remédios e excluindo também outras áreas sociais.
Mesmo que o acordo seja concluído, ele não entrará em vigor imediatamente, pois ainda precisará ser aprovado pelo Conselho da Europa e pelo Parlamento Europeu. O governo brasileiro estima que essa etapa demandará esforços de negociação por parte de Lula, especialmente para convencer países como França e Polônia, conhecidos por seu protecionismo.
Impacto comercial e geopolítico
Pelo acordo, o mercado europeu será parcialmente aberto a produtos agrícolas de exportação do Mercosul, como carnes, açúcar e etanol, mas com limites estabelecidos por cotas. No caso das carnes, por exemplo, o acesso sem tarifas é limitado a 60 mil toneladas. Atualmente, o volume de exportação brasileira de carnes para a UE é inferior ao que o Brasil exporta para a Arábia Saudita.
O impacto do acordo entre Mercosul e UE vai além do comércio, assumindo relevância geopolítica num cenário em que Donald Trump promove uma agenda comercial protecionista.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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