Para o jornalista Ricardo Kotscho, “nunca antes um governo brasileiro esteve tão à altura, ou melhor, à baixeza de um Congresso e vice-versa como agora”. “Dinheiro para eles não é problema. Para garantir a mamata nas campanhas, o Congresso vai cortar do Orçamento recursos da educação, saúde e infraestrutura, que vão perder R$ 1,7 bilhão”, denuncia
Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho e para o Jornalistas pela Democracia – Nunca antes um governo brasileiro esteve tão à altura, ou melhor, à baixeza de um Congresso e vice-versa como agora.PUBLICIDADE
Nasceram um para o outro, eleitos na mesma “onda conservadora” que levou o capitão ao poder e o país para o buraco.
“Conservadora” é modo de dizer, porque não se trata de opção política ou ideológica, mas de um assalto orquestrado aos cofres públicos na divisão do butim.
Eles se entendem: só governam para eles, os amigos deles, e o país que se dane.
No mesmo dia, quarta-feira, deram mais dois golpes de mestre no Tesouro Nacional.
Para o Executivo, aprovaram a toque de caixa a reforma previdenciária mamão com açúcar dos militares, que vão ter aumento de salários e poderão se aposentar com salário integral, sem idade mínima. Em vez de cortar gastos, vão aumentar.
As guildas das grandes corporações do serviço público se protegem mutuamente, pois o Judiciário também já tinha garantido seus privilégios.
Ao mesmo tempo em que o Senado entregava todas as demandas dos militares, a Comissão do Congresso responsável pelo orçamento aprovava o relatório preliminar que aumenta para R$ 3,8 bilhões o fundo eleitoral para 2020.
Dinheiro para eles não é problema. Para garantir a mamata nas campanhas, o Congresso vai cortar do Orçamento recursos da educação, saúde e infraestrutura, que vão perder R$ 1,7 bilhão.
Chega a ser falta de humanidade. Vão cortar, por exemplo, R$ 70 milhões do programa Farmácia Popular, que oferece remédios gratuitos para a população de baixa renda, como informa a Folha.
Ao apresentar o relatório, o deputado Domingos Neto (PSD-CE) mentiu:
“Fizemos isso sem cortar de canto nenhum”.
A cara de pau dessa gente só se compara aos que prometeram uma “Previdência igual para todos”, que, ao final, vai tirar de quem ganha menos para garantir as mordomias do andar de cima.
Assinaram essa barbaridade representantes de 13 partidos, da esquerda à direita, que contam com 430 deputados e 62 senadores, garantindo a aprovação do bilionário Fundo Eleitoral.
Claro que o governo Bolsonaro não vai vetar esse assalto aos já minguados recursos da área social.
O capitão já lavou as mãos: “Geralmente, essas questões políticas é o Parlamento que decide”.
Não se trata de uma questão política, mas de escolha de prioridades.
É uma questão social, como mostram as revoltas populares nos países vizinhos, que tanto assustam os militares do governo.
Mas, para essa gente, em caso de alguma manifestação de protesto por aqui, a resposta nós já sabemos como será: tiro, porrada e bomba.
Enquanto eles se protegem nos palácios, a população sem emprego formal, sem assistência médica, com a educação e as estradas em frangalhos sobrevive como a dos países em guerra.
No Brasil, os vândalos estão no governo e no Congresso, não nas ruas.
Isso não tem como acabar bem.
Vida que segue.
Bolsonaro corta água da transposição e Lula reage: é desumano
O perfil do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Twitter publicou nesta quinta-feira, 1, uma denúncia grave relacionada ao abastecimento de água no município de Monteiro, oriunda da transposição do rio Francisco.
Obra planejada e executada nos governos Lula e Dilma, a transposição das águas do Rio São Francisco não está atendendo à população de Monteiro (PB) por decisão de Jair Bolsonaro; é o que denuncia o ex-presidente Lula; “A obra pronta desde 2017, e Bolsonaro simplesmente interrompe o fluxo de água para o sertão. É incompreensível e desumano. E silêncio na imprensa. #RecadodoLula”
O perfil do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Twitter publicou nesta quinta-feira, 1, uma denúncia grave relacionada ao abastecimento de água no município de Monteiro, oriunda da transposição do rio Francisco.
“Desde março, o governo Bolsonaro cortou o envio de água da transposição do Rio São Francisco até Monteiro, na Paraíba. A obra pronta desde 2017, e Bolsonaro simplesmente interrompe o fluxo de água para o sertão. É incompreensível e desumano. E silêncio na imprensa. #RecadodoLula”, disse o ex-presidente.
Monteiro foi a primeira cidade paraibana a receber as águas da transposição em março de 2017. Atualmente, o canal da transposição em Monteiro acumula apenas água das chuvas e apresenta rachaduras em vários pontos, além de lodo e blocos de areia.
No total, 35 cidades paraibanas dependem da água das transposição. Entre elas está Campina Grande, a segunda maior do estado.
Desde março, o governo Bolsonaro cortou o envio de água da transposição do Rio São Francisco até Monteiro, na Paraíba. A obra pronta desde 2017, e Bolsonaro simplesmente interrompe o fluxo de água para o sertão. É incompreensível e desumano. E silêncio na imprensa. #RecadoDoLula14,2 mil14:53 – 1 de ago de 2019
PIMENTA DESAFIA BOLSONARO: VAMOS QUEBRAR O SIGILO DO QUEIROZ!
QUEIROZ!
“Vocês serão desmascarados junto com Queiroz, mais dia, menos dia”
Via PT na Câmara – O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), sugeriu hoje que o dia 4 de dezembro seja declarado como Dia Nacional contra Impunidade. A sugestão, em tom de protesto, foi feita no plenário da Câmara, por ter-se completado nesta quarta-feira um ano da divulgação do relatório do antigo Coaf que apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão, em 2016 e 2017, nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro. “Um ano de impunidade de Queiroz”, reclamou o líder.
Para Pimenta, Queiroz era um verdadeiro “PC Farias” da família Bolsonaro, já que recebia dinheiro de familiares de milicianos empregados por Flávio Bolsonaro. Esse dinheiro irrigava as contas de Queiroz para pagar despesas pessoais dos Bolsonaro, incluindo a atual primeira-dama, Michele Bolsonaro. “Era o tesoureiro da família e por isso que os Bolsonaro lutam até hoje de forma desesperada para que a sociedade não conheça a movimentação financeira de Queiroz”, denunciou o líder do PT.
Sigilo bancário
Pimenta disse que abre mão de suas prerrogativas parlamentares para ser processado pela família Bolsonaro, se o que está dizendo for mentira. Na hipótese de processo, Pimenta adiantou que os Bolsonaro terão que provar que o que fala não procede, o que pode ser feito com a quebra do sigilo fiscal e bancário de Queiroz, com toda a sua movimentação financeira nos últimos dez anos.
“Vamos quebrar o sigilo de Queiroz e provar que o que digo é verdade. Vocês (Bolsonaro) serão desmascarados junto com Queiroz, mais dia, menos dia o PC Farias da família Metralha vai cair e, junto com ele, tudo que esconde de criminoso essa família”, afirmou Paulo Pimenta. PC Farias foi tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor e figura central nos escândalos que levaram à queda do então presidente.
Milicianos
Segundo Pimenta, o caso Queiroz é uma demonstração gravíssima de como a família Bolsonaro tem manipulado e controlado as investigações, a começar pela inação da Polícia Federal, sob comando do ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. “Como milicianos pagam conta da família do presidente da República e a Polícia Federal não investiga?”, indagou o parlamentar.
Para o líder, Queiroz é o “elo” da família Bolsonaro – o presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) – “com o crime organizado e o mundo institucional”.
O líder do PT observou que as investigações mostram que Queiroz recebia dinheiro de milicianos no Rio de Janeiro em suas contas e repassava para a família de Bolsonaro. Um dos acusados do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018, é o capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, um dos chefes do “Escritório do Crime” que teria participado do atentado. A ex-mulher e a mãe do capitão Adriano trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio.
Elas, segundo disse Pimenta, repassavam dinheiro para Queiroz, num esquema de “rachadinha”, isto é, o dinheiro dos salários que recebiam do gabinete do então deputado ia direto para a conta do tesoureiro do Bolsonaro. “Queiroz pagou até contas da primeira-dama Michele Bolsonaro”, observou Pimenta.
No fim do ano passado, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou operações financeiras suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que revelou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz.
Até hoje o senador não prestou depoimento a promotores e se recusa a falar sobre o assunto quando procurado pela imprensa. Já o ex-assessor só se manifestou por escrito ao Ministério Público. Notícias da imprensa dão conta de que Queiroz vive em São Paulo, sem ser incomodado por ninguém, no bairro do Morumbi, reduto de milionários.
Ricardo Kotscho
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