“Onyx tem minha confiança pessoal”, diz ele sobre o colega de governo (que, aliás, já admitiu caixa 2)
O futuro ministro da Justiça e Segurança de Jair Bolsonaro reafirmou nesta terça, dia 4, sua fé no ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni.
Onyx, como se sabe, assumirá a Casa Civil a partir de janeiro.
E Onyx, como se sabe, admitiu ter feito uso de caixa 2. O vídeo dele, contrito, está no YouTube (veja no pé deste artigo).
Fachin determinou a abertura de um processo para investigar repasses feitos pelo grupo J&F, dono da JBS, atendendo a um pedido de Raquel Dodge.
Nada disso importa para Moro.
“Eu já me manifestei anteriormente. É uma questão de Onyx. O que vejo é um grande esforço para a aprovação das 10 medidas do Ministério Público, razão pela qual foi abandonado por grande parte de seus pares”, falou.
“Ele tem minha confiança pessoal.”
Pronto!
Sergio Moro decide quem é culpado ou inocente a partir exclusivamente de seu escrutínio.
Juiz do céu e da terra, ele funciona como os conselheiros dos monarcas da Mesopotâmia. Um deles era o sábio Ajicar, “de cujo conselho dependia toda a Assíria”, diz a Bíblia.
Bastava um aceno de cabeça de Ajicar para o mortal viver ou morrer.
Em seu atual papel, Moro está mais à vontade para exercer sua parcialidade.
Basta sua bênção e todos os membros de governo Bolsonaro que estiverem enrolados passam a ser automaticamente inimputáveis.
Moro dixit!
Amém.
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