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Bolsonaro diz que a Petrobrás não tem capacidade de investir. Mentira. Potencial de gerar caixa é maior que o da Exxon. Explicação desenhada para bolsominions

Velocidade da produção do pré-sal e capacidade de investimento da Petrobrás 

Da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET)

Qual a velocidade ideal para a produção do petróleo brasileiro?

Qual a capacidade da Petrobrás para investir na produção e agregação de valor ao petróleo cru brasileiro?

O Estado de S. Paulo informa que o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que seu governo poderá vender áreas da Petrobrás e buscar parcerias para a empresa manter o calendário de investimentos.

“A Petrobrás não tem mais capacidade de investir, então tem que buscar fazer parcerias e vender algumas áreas”, disse Bolsonaro.

O presidente eleito afirmou ainda que pretende manter o calendário de leilões de blocos de petróleo em seu futuro governo.

Exportação de petróleo cru por multinacionais estrangeiras, privadas e estatais, pode desenvolver o Brasil?

Os combustíveis de origem fóssil – petróleo, gás natural e carvão — respondem por 85% da matriz energética mundial.

Apesar do aumento da importância relativa dos renováveis, ainda são pouco relevantes na partilha total, representam 4% (BP Energy Outlook 2018).

Os custos mais elevados para a produção do petróleo não convencional e dos renováveis, além da natureza intermitente da produção das energias eólica e solar, representam severa restrição ao aumento da produtividade e do crescimento econômico mundiais.

O gráfico 1 apresenta os consumos per capita de energia primária dos diversos países:

Gráfico 1: Consumos nacionais de energia per capita (2014), em milhões de toneladas de petróleo equivalente por milhão de pessoas

O consumo de energia primária per capita dos EUA, em 2014, foi de 7,4 milhões de toneladas de petróleo equivalente por milhão de pessoas (Mtoe/M pessoas).

Da Coréia do Sul foi de 5,2.

Enquanto no Brasil foi de apenas 1,3 Mtoe/M pessoas, próximo do Paraguai com 1,1.

Nenhum país se desenvolveu exportando petróleo cru por meio de multinacionais estrangeiras.

Nenhum país, continental e populoso como o Brasil, se desenvolveu exportando matérias primas de baixo valor agregado.

Existe forte correlação entre o crescimento econômico e o consumo de energia, como evidenciado pelo gráfico 2:

Gráfico 2: Consumo de energia e crescimento econômico (PIB) são correlacionados

Também existe correlação entre o desenvolvimento humano (IDH) e o consumo de energia primária per capita, ver gráfico 3:

Gráfico 3: Consumo de energia e bem-estar são correlacionados

Para alcançar alto desenvolvimento humano, o Brasil precisa aumentar, e muito, o consumo de energia.

Estima-se o aumento de cinco vezes no consumo de energia primária, para que nossa população atinja padrões de vida noruegueses.

O cálculo não considera o aumento da população.

Seriam necessários quase 10 milhões de barris de petróleo por dia.

Aceleração dos leilões e exportação de petróleo cru

Com relação a exploração e produção do pré-sal deve ser considerada a velocidade dos leilões sob o regime de partilha e o volume de 5 bilhões de barris de petróleo equivalente (boe) no qual a Petrobrás opera sob o regime da cessão onerosa.

A tabela 1 apresenta a estimativa dos volumes recuperáveis riscados para os blocos leiloados nos cinco leilões de partilha do petróleo do pré-sal:

Considerando o volume sob o regime da cessão onerosa, a participação das empresas nos consórcios vencedores e a data de realização dos leilões de partilha pode se obter o gráfico 4:

Gráfico 4: Estimativa volume recuperável (riscado) do pré-sal nos regimes de partilha (cinco leilões) e cessão onerosa, distribuído entre companhias

No período Dilma Roussef, com o 1º leilão da partilha e a cessão onerosa, a Petrobrás detinha 60% das reservas recuperáveis sob estes dois regimes.

As multinacionais privadas (Shell e Total) alcançavam 26,7% e as empresas estatais chinesas 13,3% de um total estimado em 15 bilhões de barris de petróleo equivalente (boe).

Nos quatro leilões de partilha durante o governo Temer, as multinacionais privadas, International Oil Companies (IOCs), aumentaram significativamente suas reservas no pré-sal.

Neste período, a Petrobrás garantiu acesso a apenas 17,4% do volume leiloado.

Sendo o restante do volume distribuído da seguinte forma: empresas estrangeiras privadas (Shell, BP, Total, ExxonMobil, Chevron e Petrogal) alcançaram 54,7%, a estatal norueguesa (Equinor, ex-Statoil) ficou com 10,9%, as estatais chinesas com 9,8%, a estatal colombiana 4,1% e a estatal do Catar 3,0% do volume total estimado (e riscado) como recuperável de 12,21 bilhões boe.

Considerando os cinco leilões e a cessão onerosa a Petrobrás tem 41%, enquanto as empresas estrangeiras, privadas e estatais, têm acesso a 59% do total volume estimado de 27,21 bilhões de boe.

Caso o Projeto de Lei PLC nº 78, de 2018, que altera a Lei nº 12.276/2010 e possibilita a privatização de até 70% dos 5 bilhões de boe da Petrobrás, na Cessão Onerosa, seja aprovado, e a Petrobrás decida alienar os 3,5 bilhões de boe (70% dos 5 bilhões) que tem direito de produzir, a sua participação relativa no pré-sal, sob os regimes de partilha e Cessão Onerosa, cairá de 41% para apenas 28%, enquanto as companhias estrangeiras aumentariam sua participação de 59% para 72% do total estimado de 27,21 bilhões do boe, fragilizando a garantia de abastecimento nacional.

O texto original do PLC nº 78 de 2018, de autoria do Deputado José Carlos Aleluia, foi alterado para permitir a licitação dos excedentes da cessão onerosa, que podem chegara a 15 bilhões de barris.

O leilão dos excedentes contraria decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que determinou que o Excedente da Cessão Onerosa seria outorgado por Partilha para a Petrobras (100%).

Tal resolução, além de garantir a segurança energética nacional e o fortalecimento da estatal, visou evitar conflito técnico na operação e produção das reservas contiguas da Cessão Onerosa e seu Excedente.

O gráfico 5 apresenta a evolução da exportação de petróleo cru e da importação de derivados pelo Brasil, desde 2000:

Gráfico 5: Exportação de petróleo cru e importação de derivados pelo Brasil de 2000 a 2018* (anualizado a partir de dados de janeiro a setembro)

O Brasil se torna exportador líquido de cerca de 650.000 barris de óleo equivalente em 2018.

Situação preocupante, considerando-se o baixo consumo per capita do país e sua correlação com o crescimento econômico e o desenvolvimento humano.

O pré-sal já responde por mais de 50% da produção nacional.

Em dez anos, alcançou mais de 1,5 milhões de barris equivalentes por dia, patamar alcançado em 50 anos de produção no Mar do Norte.

É necessário limitar a exportação de petróleo cru e diminuir a velocidade dos leilões porque se está alienando recurso estratégico para exportação por multinacionais estrangeiras.

Esta alternativa não viabiliza o desenvolvimento da economia nacional.

Qual a capacidade de investimento da Petrobrás na produção e agregação de valor ao petróleo brasileiro?

O modelo de negócios da Petrobrás deve ser diferente daquele adotado pelas multinacionais (IOCs) e que resultaram em rotundo fracasso.

Ao invés de mirar na agregação de valor para o acionista no curto prazo, deve objetivar a segurança energética e alimentar brasileiras.

Deve-se viabilizar a transformação do petróleo em produtos com maior valor agregado.

Produzir o petróleo na medida do nosso desenvolvimento, para consumo interno, em resposta a tantas necessidades não atendidas.

Restringir a exportação aos derivados de maior valor, de forma cuidadosa, planejada e responsável.

Utilizar a renda petroleira para levantar a infraestrutura para a produção dos biocombustíveis e das energias renováveis.

O modelo deve preservar:

1) a integridade corporativa da companhia, para mitigar os riscos da variação dos preços internacionais e garantir geração de caixa;

2) o mercado interno, praticamente cativo, grande e com potencial de crescimento;

3) o direito a operação única no pré-sal — com tantas vantagens que não cabe aqui detalhar — e suas tecnologias.

São vantagens estratégicas corporativas, mas também nacionais, o que não ocorre com nenhuma das empresas estrangeiras cujos objetivos são resultados financeiros de curto prazo, para as privadas, e os interesses estratégicos de seus países, para as estatais.

O gráfico 6 apresenta os investimentos anuais da Petrobrás, entre 1965 e 2017, em dólares atualizados para 2018:

Gráfico 6: Investimentos anuais da Petrobrás, em bilhões de dólares de 2018

A Petrobrás tem capacidade de investir na exploração e produção do pré-sal, no refino e nas energias renováveis e em suporte ao desenvolvimento da economia nacional.

Os balanços da Petrobrás são a maior evidência desta realidade.

Desde o princípio de sua história a Petrobrás sofre pressão por interesses de terceiros, contrários ao seu desenvolvimento, que fazem a cooptação de agentes internos, tanto na política como na mídia.

Soma-se a isto o fato de o Brasil sofrer, historicamente, com uma cultura de corrupção endêmica, que atua em todas as faixas da sociedade e, de modo especial, com agentes públicos, em parceria com capitais privados.

Com a descoberta do pré-sal, em 2006, e a constatação de sua relevância no mercado mundial de óleo e gás, além de ocorrer a potencialização dos fatores de pressão já existentes, novos agentes surgiram em busca de sua porção no butim.

Parte substancial da mídia brasileira, que claramente defende os interesses das grandes multinacionais do petróleo, passou a desenvolver um trabalho inescrupuloso de difamação.

Sem mostrar qualquer número de balanços da empresa, foram feitas as afirmativas mentirosas de que a Petrobrás estaria à beira da bancarrota e sem capacidade financeira para desenvolver a descoberta do pré-sal.

Infelizmente estas afirmativas foram divulgadas com grande amplitude e muita frequência, para que fossem consideradas verdadeiras perante a opinião pública brasileira.

Aproveitando-se dos episódios do “mensalão” e da “Lava Jato” ficou mais fácil iludir a população brasileira, muito irritada com os acontecimentos que envolveram a empresa.

Ora, se alguém deseja saber se uma empresa, como a Petrobrás, passa por dificuldades financeiras ou não tem capacidade para investir, o caminho é a análise de seu balanço.

Balanço que é auditado por empresas de primeira linha e elaborado dentro de padrões internacionais.

O fato é que, em nenhum momento, nem hoje nem nunca, a Petrobrás teve problemas financeiros.

Analisando os balanços publicados pela Petrobrás é fácil verificar sua solidez financeira pelo índice de liquidez corrente, sempre acima de 1,5.

O que significa dizer que, para cada R$ 1,00 que a empresa tem de pagar, no curto prazo, ela dispõe sempre de mais de R$ 1,50.

No gráfico 7 comparamos o índice da liquidez corrente da Petrobrás com a da Exxon, maior petroleira americana:

Gráfico 7: Índices de liquidez corrente da Petrobrás e Exxon, entre 2012 e 2017

Fica claro que a Petrobrás não tem, nem nunca teve, problemas financeiros, pois durante todo o período levantado sua liquidez corrente se manteve elevada.

Situação muito mais confortável do que da norte americana Exxon. Por outro lado, a Petrobrás é excepcional geradora de caixa.

No gráfico 8 pode-se observar a evolução da geração operacional de caixa de empresa:

Gráfico 8: Geração Operacional de Caixa da Petrobrás e Exxon, entre 2012 e 2017

Vejam que a Geração Operacional de Caixa da Petrobrás é bastante estável, oscilando entre US$ 25 e US$ 27 bilhões.

Nada abalou a capacidade da companhia gerar caixa.

Nem a corrupção apontada pela “Lava Jato”, nem os subsídios concedidos aos consumidores brasileiros (2010/2014), nem os “impairments” feitos (2014/2017) e, muito menos, a variação do preço internacional do petróleo.

Já no caso da Exxon a geração de caixa é fortemente abalada, principalmente pela oscilação no preço internacional do petróleo.

A geração de caixa da Exxon reflete a variação dos preços do barril com queda substancial em 2015 e 2016.

Em 2016, a geração de caixa da Exxon (US$ 22,10 bi) foi inferior à da Petrobrás (US$ 26,10 bi).

É importante lembrar que a receita da Exxon é muito superior à receita da Petrobrás como pode se observar no gráfico 9:

Gráfico 9: Receita Bruta da Petrobrás e Exxon, entre 2012 e 2017 (valor da Petrobrás de 2017 foi estimado, pois a Petrobrás não divulgou receita bruta em US$)

Para avaliar a capacidade de geração de caixa das empresas vamos dividir a Geração Operacional de Caixa pela Receita Bruta, que mostra o percentual da receita que se transforma em caixa para investimentos.

Os resultados são apresentados no gráfico 10:

Gráfico 10: Capacidade de geração de caixa em relação a receita bruta, da Petrobrás e Exxon, entre 2012 e 2017

A capacidade de gerar caixa da Petrobrás se mostra sempre superior ao da petroleira estadunidense, mesmo nos momentos em que foram dados subsídios aos consumidores brasileiros, isto sem contar que a carga tributária no Brasil, para os combustíveis, é reconhecidamente muito superior à dos EUA.

Em 2016, a geração operacional relativa à receita bruta da Petrobrás foi de 25,4%, três vezes superior ao desempenho da Exxon, com 8,3%.

É sempre bom lembrar que as empresas de classificação de risco (Standard & Poors, Fitch e Moody’s) dão à Exxon o grau máximo (AAA), enquanto a Petrobrás fica 13 níveis abaixo (B+).

Não faltam recursos para uma empresa que descobre uma “mina de ouro” e tem tecnologia para explorá-la.

Os agentes financeiros sabem muito bem disto.

O retorno dos projetos é muito maior que o custo do dinheiro.

O difícil, na indústria do petróleo, é a descoberta de novas reservas e o desenvolvimento de tecnologias adequadas. Isto a Petrobrás fez sozinha e com maestria.

Em 2014, os detratores afirmaram que a empresa esteve à beira da bancarrota.

Como já vimos, tanto em relação à liquidez corrente como na capacidade de gerar caixa, isto não ocorreu.

Entretanto algumas informações podem confundir o entendimento de muitas pessoas que não analisam os dados na devida profundidade.

Na tabela 2, é comparada a composição do Passivo da Petrobrás e da Exxon, no final do exercício de 2014:

Tabela 2: Passivos da Petrobrás e Exxon no final de 2014, em bilhões US$

Aparentemente, do ponto de vista estritamente financeiro, os números da Exxon são bem melhores que os da Petrobrás.

O grau de endividamento, no longo prazo, é inferior ao patrimônio da empresa e representa apenas 30% do Passivo Total.

No caso da Petrobrás este endividamento é superior ao patrimônio da empresa, representando 50% do Passivo Total.

O problema é que, no regime de partilha, que é utilizado no pré-sal, as reservas de petróleo são de propriedade da União e não do Concessionário.

Apesar do resultado econômico e financeiro serem muito similares nos regimes de concessão e partilha, existe a diferença com relação ao registro da posse das reservas.

Por outro lado, mesmo com todos os direitos que a Petrobrás detém sobre o pré-sal, nos balanços da empresa não existem registros patrimoniais sobre a existência destas reservas.

O gráfico 4 mostra os volumes recuperáveis do pré-sal daquilo que já foi leiloado em regime de partilha e da cessão onerosa.

A Petrobrás tem uma parcela superior a 10 bilhões de barris.

Sabemos que atualmente o “break even” da Petrobrás, no pré-sal, está em torno de US$ 25 por barril.

Considerando os atuais preços do barril (US$ 65) existe a margem de US$ 40 por barril.

Não é preciso ir muito longe, se considerarmos um ganho, a valor presente, de US$ 10 por barril e a reserva de 10 bilhões de barris, ao Ativo (Realizável) da Petrobrás se somariam US$ 100 bilhões (US$ 10/barril x 10 bilhões), e valor equivalente lançado no Passivo (Patrimônio).

Com isto a composição do Passivo da companhia teria o seguinte detalhamento:

Tabela 3: Patrimônio da Petrobrás ajustado considerando seus direitos sobre o pré-sal, Passivos da Petrobrás e Exxon no final de 2014, em bilhões US$

Apenas esta pequena correção já faz com que o Passivo da Petrobrás apresente números mais saudáveis do que os da Exxon.

Mas as reservas do pré-sal não estão limitadas ao que já foi leiloado, pelo contrário, nas previsões mais pessimistas estas reservas deverão superar os 100 bilhões de barris.

Como já falado, só os excedentes da cessão onerosa podem chegar a 15 bilhões de barris.

Tudo isto parece não existir para aqueles que trabalham para macular o nome da Petrobrás, mas não passam despercebidos pelo mercado financeiro que, desde o princípio, colocou à disposição da estatal brasileira todos os recursos que fossem necessários.

No mesmo ano de 2014, quando muitos diziam que a empresa estava quebrada, a Petrobrás captou mais de US$ 15 bilhões no mercado.

Acessou empréstimo com vencimento em 2034 (20 anos) e 2044 (30 anos), todos com bancos de primeira linha.

Em 2015, ainda no governo Dilma Rousseff, foram captados US$ 2,5 bilhões do Deutsche Bank Securities junto com o J.P.Morgan, com vencimento em 2115 (prazo de 100 anos).

O Bank of China colocou à disposição da Petrobrás um crédito de US$ 10 bilhões (cheque especial) tendo como garantia apenas a promessa de fornecimento futuro de petróleo.

Procedimento não usual entre os bancos asiáticos, que costumam exigir garantias reais.

O Bank of China já se colocou à disposição para conceder novos empréstimos para a Petrobrás.

Portanto, recursos não faltam e a própria Geração Operacional de Caixa da Petrobrás, que nos últimos anos variou entre US$ 25 e US$ 27 bilhões, deverá mudar de patamar para US$ 35 a US$ 50 bilhões nos próximos anos, com a gradativa entrada em produção de novos sistemas em Búzios e Libra.

Lamentavelmente, como mostrado no gráfico 6, a partir de 2015 os investimentos da Petrobrás foram reduzidos a um mínimo.

Em 2017, os investimentos atingiram os mesmos valores de 2005.

Estudo da Associação Brasileira de Engenharia Industrial demonstrou que para cada R$ 1.000 investidos pela Petrobrás são investidos R$ 600 em outras áreas da economia brasileira.

A redução dos investimentos aliada à venda de ativos fez com que a Petrobrás mantivesse volumes de recursos absurdos paralisados em caixa.

O gráfico 11 mostra a evolução do saldo de caixa da Petrobrás comparado com o da Exxon:

Gráfico 11: Saldo em caixa da Petrobrás e Exxon, entre 2014 e 2017

A Exxon, cuja receita é mais de 2 vezes superior à da Petrobrás, mantem em caixa valores muito menores.

Enquanto a estatal brasileira mantinha parado em caixa expressivos recursos, ativos valiosos como a Nova Transportadora do Sudeste – NTS que realiza um retorno seguro de, no mínimo, 20% a.a., foi vendida em abril de 2017 por US$ 5 bilhões, com o objetivo (declarado) de reduzir uma dívida que custa 6,2% a.a.

Que lógica é esta? Até quando vamos transferir para outros países nossas oportunidades de desenvolvimento, com investimentos, geração de empregos, renda e impostos?

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