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Faustão confirma troca de mensagens com Moro e Deltan vibra com sucessor de Teori: “Aha, uhu, o Fachin é nosso”

As especulações sobre a morte do relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, em um acidente de avião, foram alimentadas pelo próprio filho do ministro, Francisco.

“Acho que se justificam as ilações de que também possa ter havido homicídio, já que eram tantas as coincidências e já que o momento era tão propício”, afirmou ele, fazendo referência ao fato de que as delações começariam a ser homologadas pelo STF.

Com a revelação das mensagens trocadas entre o então juiz federal Sérgio Moro e procuradores da Força Tarefa da Lava Jato está claro que havia, nos bastidores, uma queda de braço entre Teori e Moro.

Além de ditar o rumo da Operação, Moro queria evitar que acusados com foro privilegiado tivessem seus casos analisados pelo STF.

Ele trabalhou para manter em Curitiba os processos envolvendo o ex-presidente Lula, apesar do apartamento tríplex ficar em Guarujá e o sítio em Atibaia, ambos no estado de São Paulo.

O argumento de Moro é de que Lula teria desfrutado de vantagens pessoais em troca de contratos de empreiteiras com a Petrobrás.

A defesa do ex-presidente contestou: quais contratos e quais ações específicas de Lula teriam influenciado o fechamento dos contratos?

Na sentença de Lula não há resposta a esta questão básica.

À época em que relatava os casos da Lava Jato no STF, Teori repudiou publicamente o comportamento de Moro ao menos duas vezes.

Numa delas, condenou a divulgação de um grampo entre a então presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, que serviu aos propósitos políticos de Moro — interessado no impeachment de Dilma.

Dilma tinha prerrogativa de foro.

Além disso, a gravação do telefonema foi feita depois de terminado o prazo que o próprio Moro tinha dado à Polícia Federal para fazer o monitoramento.

Teori também fez um discurso público, sem citar Moro, fazendo críticas genéricas a comportamentos que via como inadequados, como a busca de juízes por holofotes.

Com a morte de Teori, Edson Fachin assumiu a relatoria da Lava Jato no STF.

“Aha uhu o Fachin é nosso”, exultou o procurador Deltan Dallagnol em mensagem que enviou pelo Telegram, depois de conversar por 45 minutos com o ministro.

A saída de Teori de cena, em outras palavras, fez o chefe da Força Tarefa vibrar.

A revelação está na reportagem que resultou da parceria entre o Intercept Brasil e a revista Veja.

Trecho:

As conversas entre membros do Ministério Público Federal assumem várias vezes o tom de arquibancada, com os membros da força-tarefa vibrando e torcendo a cada lance da batalha contra os inimigos.

Em 13 de julho de 2015, Dallagnol sai exultante de um encontro com o ministro Edson Fachin e comenta com os colegas de MPF: “Caros, conversei 45 m com o Fachin. Aha uhu o Fachin é nosso”.

A preocupação da força-tarefa com a comunicação para a opinião pública era constante.

Em 7 de maio de 2016, Moro comenta com Dalla­gnol que havia sido procurado pelo apresentador Fausto Silva.

Segundo o relato do juiz, o apresentador o cumprimentou pelo trabalho na Lava-Jato, mas deu um conselho: “Ele disse que vcs nas entrevistas ou nas coletivas precisam usar uma linguagem mais simples. Para todo mundo entender. Para o povão. Disse que transmitiria o recado. Conselho de quem está a (sic) 28/anos na TV. Pensem nisso”.

Procurado por VEJA, Fausto Silva confirmou o encontro e o teor da conversa entre ele e Moro.

Curiosidades dos bastidores à parte, o que vai definir mesmo o destino de Moro à luz das revelações dos chats são os trechos nos quais fica evidente seu papel duplo de juiz e assistente de acusação.

A Lava-Jato foi assumidamente inspirada na Mani Pulite, a Mãos Limpas da Itália, que desbaratou um gigantesco esquema de corrupção na década de 90, resultando em 2 993 mandados de prisão nos dois primeiros anos de operação.

No caso do sistema de Justiça do país europeu há a figura do magistrado que trabalha no Ministério Público — mas ele não atua nos julgamentos.

A melhor explicação para o comportamento irregular do atual ministro é que ele tenha se inspirado nessa figura para pautar suas ações na Lava-Jato.

“O Moro confundiu totalmente os papéis”, afirma o jurista Wálter Fanganiello Maiero­vitch.

“O magistrado que investiga nunca é o que julga, nem na Itália nem em nenhuma outra democracia do planeta.”

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