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“Qualquer transferência forçada ou deportação de território ocupado fere a lei internacional”, diz o órgão de Direitos Humanos da ONU

tomada de controle da Faixa de Gaza (foto em destaque) pelos EUA e a consequente expulsão dos palestinos daquele território, como coloca um plano anunciado pelo presidente Donald Trump nessa terça-feira (4/2), seriam medidas que violariam a lei humanitária internacional.

A advertência foi feita, nesta quarta-feira (5/2), pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Qualquer transferência forçada ou deportação de pessoas de território ocupado viola lei internacional”, reafirmou o Escritório de Direitos Humanos da ONU (UNHR).


Planos de Trump para Gaza

  • Na última semana, Donald Trump falou em expulsar palestinos da Faixa de Gaza para outros países da região.
  • Desde 19 de janeiro, um acordo de cessar-fogo de três fases entrou em vigor entre Israel e Hamas.
  • O futuro da Faixa de Gaza em um possível cenário de paz, no entanto, segue indefinido.

“É crucial que avancemos para a próxima fase do cessar-fogo, para libertar todos os reféns e prisioneiros detidos arbitrariamente, acabar com a guerra e reconstruir Gaza, com total respeito ao direito humanitário internacional e ao direito internacional dos direitos humanos”, disse o UNHR, segundo divulgado pelo The Guardian.

O alto comissário da ONU para direitos humanos, Volker Türk, insistiu nesta quarta que deportar pessoas de território ocupado é estritamente proibido, em reação à proposta do presidente Trump.Play Video

“O direito à autodeterminação é um princípio fundamental do direito internacional e deve ser protegido por todos os estados, como o Tribunal Internacional de Justiça recentemente sublinhou. Qualquer transferência forçada ou deportação de pessoas de território ocupado é estritamente proibida”, declarou Türk.

Pelo mundo, os países se manifestaram, de maneira quase unânime, contrariedade à proposta de Trump, feita na Casa Branca, em Washington (EUA), durante encontro com o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu.

Veja algumas reações:

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva

“O que aconteceu em Gaza foi um genocídio, e eu sinceramente não sei se os Estados Unidos, que fazem parte de tudo isso, seriam o país para tentar cuidar de Gaza. Quem tem de cuidar de Gaza são os palestinos. O que eles precisam é ter uma reparação de tudo aquilo que foi destruído, para que possam reconstruir suas casas, seus hospitais, suas escolas, e viver dignamente com respeito.”

Primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer

“Eles [palestinos] devem ser autorizados a voltar para casa, devem ser autorizados a reconstruir e devemos estar com eles nessa reconstrução no caminho para uma solução de dois estados.”

Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock

“A Faixa de Gaza pertence aos palestinos e que sua expulsão seria inaceitável e contrária ao direito internacional. Também levaria a novo sofrimento e novo ódio. Não deve haver solução sobre as cabeças dos palestinos.”

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França, Christophe Lemoine

“A França reitera sua oposição a qualquer deslocamento forçado da população palestina de Gaza, o que constituiria uma grave violação do direito internacional, um ataque às aspirações legítimas dos palestinos, mas também um grande obstáculo à solução de dois estados e um grande fator desestabilizador para nossos parceiros próximos Egito e Jordânia, bem como para toda a região.”

Ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares

“Quero deixar isso bem claro: Gaza é a terra dos palestinos de Gaza e eles devem permanecer em Gaza. Gaza faz parte do futuro Estado Palestino que a Espanha apoia e tem que coexistir garantindo a prosperidade e a segurança do estado israelense.”

Ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty

Abdelatty discutiu com o primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, a importância de seguir em frente com os projetos de recuperação em Gaza sem que os palestinos deixem o território.

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov

“A Rússia acredita que um acordo no Oriente Médio só é possível com base em uma solução de dois estados. Esta é a tese consagrada na resolução relevante do conselho de segurança da ONU, esta é a tese compartilhada pela esmagadora maioria dos países envolvidos neste problema. Nós procedemos dela, nós a apoiamos e acreditamos que esta é a única opção possível.”

Limpeza étnica

A China, alçada por Trump à categoria de adversário número 1 dos EUA, também se contrapôs à declaração do presidente norte-americano.

“A China sempre sustentou que o governo palestino sobre os palestinos é o princípio básico da governança pós-guerra de Gaza, e nos opomos à transferência forçada dos moradores de Gaza”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em uma coletiva de imprensa.

Já o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, disse nesta quarta-feira (5/2) que o plano de Trump de realocar palestinos e assumir Gaza equivaleria a uma “limpeza étnica”.

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