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Ministério da Saúde comprou todo o lote disponibilizado pela empresa japonesa Takeda Pharma, que entregará 6,5 milhões de doses em 2024 e 9 milhões em 2025. Veja todas as ações do governo contra a doença

Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer a vacina no sistema público universal

Após fazer a maior compra de vacinas contra a dengue do mundo, tornando o Brasil o primeiro país a oferecer o imunizante no sistema público universal, o governo Lula começa a distribuir as doses para estados e municípios nesta semana.

A informação foi dada, nesta segunda-feira (5), pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, que foi ao Rio de Janeiro avaliar de perto a situação no estado e tem, à tarde, uma reunião com governadores para discutir o enfrentamento à doença. Com a distribuição, será divulgado, também esta semana, o calendário de vacinação.

O governo tomou todas as providências para que os brasileiros fossem os primeiros no mundo a receber o imunizante de graça. Até agora, a única vacina aprovada contra a doença é a Qdenga, fabricada pelo laboratório japonês Takeda Pharma.

O Ministério da Saúde, então, negociou todas as doses disponíveis com o laboratório, que já entregou 757 mil doses e enviará, ainda este mês, outras 568 mil doses (total de 1,32 milhão). Além dessas, 5,2 milhões de doses serão enviadas até o fim do ano, totalizando mais de 6,5 milhões. 

Dessa forma, o Brasil poderá imunizar, até o fim deste ano, mais de 3,2 milhões de pessoas, já que a vacina exige a aplicação de duas doses. E, para 2025, a pasta já contratou outras 9 milhões de doses. Assim, o governo Lula fez a maior compra de vacinas contra a dengue do mundo (15,6 milhões até agora).

Crianças serão as primeiras a receber a vacina

Na primeira etapa de vacinação, serão protegidos crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que moram em cidades de mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão da doença e com maior predominância do sorotipo DENV-2.

Ao todo, 521 municípios brasileiros, de 16 estados e do Distrito Federal, preenchem esses critérios.

De acordo com o Ministério da Saúde, a faixa de 10 a 14 anos é a segunda com maior número de hospitalizações por dengue (16,4 mil entre janeiro de 2019 e novembro de 2023). O grupo mais afetado é o de idosos, mas a vacina não é recomendada para pessoas com mais de 60 anos.

Em outra frente de ação, a ministra se reuniu, no fim de semana, com o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás e com o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.

O encontro teve como objetivo unir e coordenar esforços para ampliar o acesso de toda população às vacinas Qdenga e Butantan-DV, que ainda está em desenvolvimento pelo Instituto Butantan. As duas instituições manifestaram interesse em atuar em conjunto para acelerar a produção de vacinas no país.

Outras ações do governo Lula

Na visita que fez ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira, Nísia Trindade lembrou que a vacina não pode ser a única ação contra a dengue e reforçou o pedido para que a população continue adotando as medidas de prevenção contra o mosquito.

O governo Lula já adotou uma série de ações para frear a doença. Veja abaixo a lista:

– Repasse de R$ 256 milhões para ações de enfrentamento à doença em todo o país, sendo R$ 39,5 milhões para estados, R$ 72 milhões para municípios e R$ 144,5 milhões para ações de vigilância em saúde

– Instalação do Centro de Operações de Emergência (COE Dengue), para orientar as ações de vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e de controle de vetores

– Qualificação de 12 mil profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) para atuar como multiplicadores nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul

– Instalação da Sala Nacional de Arboviroses, um espaço permanente de monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência das doenças

– Normalização dos estoques de inseticidas e abastecimento todos os estados ainda em 2023; além da compra de novos lotes para garantir abastecimento em 2024

– Distribuição de 126,1 mil reações de teste sorológico e 47,6 mil unidades de exames de biologia molecular

– Repasse de R$ 3o milhões para que municípios ampliem o método Wolbachia, que consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti juntamente com a bactéria Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam no mosquito

– Aquisição de saias de reidratação oral, equipamentos portáteis para contagem de hemácias e plaquetas

– Lançamento do Painel de Monitoramento de Arboviroses, ferramenta que acompanha em tempo real os números da dengue, zika e chikungunya

– Lançamento da campanha “Combate ao Mosquito: Para fazer diferente, precisamos agir antes”, na tevê aberta, nas redes sociais e nas ruas

– Campanhas de mobilização social regionalizadas, lançadas em dezembro de 2023 e janeiro de 2024

– Apoio técnico do governo federal para Acre, Roraima, Bahia e Distrito Federal

Da Redação, com informações do Ministério da Saúde e da Agência Brasil

Com informações do PT Org

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