Presidentes do Senado e da Câmara articulam estratégias mirando cargos no governo federal, disputas estaduais e permanência no protagonismo político
247 – Fora dos comandos do Senado e da Câmara a partir de fevereiro, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL) já traçam os caminhos de seus futuros políticos, enquanto articulam suas sucessões. De acordo com informações do jornal O Globo, ambos encerram seus mandatos mantendo a influência sobre as Casas e com planos ambiciosos para os próximos anos, que podem incluir disputas eleitorais ou cargos no governo federal.
Pacheco, que chegou a declarar sua intenção de deixar a vida pública ao final do mandato em 2027, enfrenta pressão do presidente Lula (PT) e de aliados para concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026. Outra possibilidade é assumir um ministério, sendo a pasta da Justiça um desejo antigo do senador. Contudo, a indicação ao cargo enfrentaria desafios internos na atual composição ministerial.
Enquanto isso, Arthur Lira já admitiu publicamente o desejo de concorrer ao Senado em 2026. No entanto, a disputa promete ser acirrada, uma vez que Lira teria de enfrentar seu rival histórico, Renan Calheiros (MDB-AL). Nos bastidores, também se discute a possibilidade de Lira assumir o Ministério da Agricultura, caso Carlos Fávaro (PSD-MT) retorne ao Senado.
Costuras políticas e desafios eleitorais – Com o fim de seus mandatos na presidência das Casas, tanto Pacheco quanto Lira mantêm o foco em fortalecer suas bases políticas. Pacheco busca consolidar a posição de seu partido, o PSD, no Senado, articulando a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para Otto Alencar (PSD-BA). Além disso, tenta evitar exposição antecipada à disputa pelo governo de Minas, para não atrair críticas dos eleitores bolsonaristas, que ainda representam uma fatia significativa do eleitorado mineiro.
Enquanto avalia as articulações em Minas, Pacheco mantém outro sonho: uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, o caminho é incerto, considerando que as indicações dependem diretamente do presidente da República e do alinhamento político no momento da abertura da vaga.
Além disso, aliados de Pacheco ponderam que uma candidatura ao governo de Minas poderia ser viável, com o apoio do PSD e do PT. A estratégia seria evitar desgaste antecipado e fortalecer sua imagem ao longo dos próximos dois anos.
Já Lira precisa lidar com a complexa política alagoana. Apesar de ter um acordo público com o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), para liderarem uma chapa em 2026 — Lira ao Senado e JHC ao governo do estado —, adversários como Renan Filho (MDB), atual ministro dos Transportes, podem atrapalhar seus planos. Renan Filho é visto como um nome forte para disputar o governo de Alagoas, o que poderia reorganizar alianças locais e dificultar os planos de Lira.
Por outro lado, ele precisa decidir entre permanecer na Câmara com um papel de destaque, como a relatoria da Lei Orçamentária Anual (LOA), ou arriscar uma transição para o Senado ou para o Executivo. Internamente, há divergências sobre qual caminho seria mais vantajoso para sua trajetória em 2026.
Enquanto o Ministério da Agricultura surge como uma possibilidade, a viabilidade do plano depende de um rearranjo político que precisa contemplar aliados de Lula e do PL. Paralelamente, Lira segue articulando a transição da Câmara para seu sucessor, Hugo Motta (Republicanos-PB), garantindo que sua influência permaneça na Casa.
Com informações do Brasil 247
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