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O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos durante entrevista à Folha. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, que esteve à frente das denúncias relacionadas aos ataques de 8 de janeiro no primeiro ano de investigações, deixou o cargo em dezembro, passando a liderança para Paulo Gonet. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele teceu comentários sobre seu trabalho e criticou a condução da investigação sobre militares, além de fazer comparações com a Lava Jato.

Santos destacou que priorizou a solidez da investigação criminal, baseada em provas, provocando uma distinção em relação à Operação Lava Jato. Sobre o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos eventos de 8 de janeiro, ele ressaltou a importância de apurar as provas antes de fazer declarações. “Quem trabalhou assim foi a Lava-Jato e não deu certo. O meu trabalho é diferente. Eu primeiro busco provas para depois falar e apresentar a minha denúncia”, disse.

O subprocurador coordenou o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos após os ataques, apresentando mais de 1.400 denúncias, incluindo incitadores, executores e autoridades por omissão. Ele afirmou que deixou a casa arrumada e que as investigações estão em andamento. “Deixei a casa arrumada e tudo está em andamento. As investigações estão todas em dia”, afirmou na entrevista.

Manifestantes bolsonaristas em 8 de janeiro de 2023. Foto: reprodução

A condução da investigação sobre os militares, realizada pela Polícia Federal sem acordo com o MPF, mas evitando conflitos com o ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos no STF também foi criticado por Santos. “Eu não vejo abuso. Se houve erro, é o erro da justiça dos homens. Aqui não é a justiça divina”, avaliou.

O subprocurador demarcou o papel do MPF e ressaltou sua responsabilidade na investigação. Ele destacou seu novo papel na coordenação da Câmara Criminal do MPF, com mandato até junho, e como conselheiro do Conselho Superior do Ministério Público Federal.

“Com as investigações, nós desvendamos os diálogos realizados entre a cúpula da Polícia Militar do DF, que indicavam a tendência de atos golpistas. Favoráveis ao golpe de Estado, favoráveis à abolição do Estado democrático de Direito, aquela situação do crime de ‘deixa acontecer’”, contou à Folha.

Ao final, Santos falou do acordo de não persecução penal como uma ferramenta para despertar as pessoas para a realidade social, com vantagens como a não contagem para antecedentes criminais e a suspensão de medidas cautelares alternativas.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

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