Enfim alguém com bom senso no PSB: Marcelo Freixo. O deputado recém ingressado no partido, e que já tem apoio do PT para disputar o governo do Rio de Janeiro, retribuiu mostrando que apoia a candidatura de Fernando Haddad em SP.
Um gesto nobre, de alguém que, como Haddad, carregou pedras nas costas.
Nenhum dos dois teve vida fácil de 2013 até aqui. Naquela época, quando São Paulo começou a ficar louca com as manifestações de junho, Haddad sofreu ainda mais.
Era prefeito da capital, tentou colaborar como pode, mas viu um honestíssimo movimento, o Passe Livre, ser sequestrado pela extrema-direita que acabou pintando e bordando nos anos seguintes, com golpe, prisão política ilegal e a chegada de um irresponsável no poder.
Cada qual na sua função, Haddad e Freixo suaram a camisa para tentar impedir a tragédia.
Batalharam e se hoje o brasileiro médio começa a abrir minimamente os olhos para tentar entender o que aconteceu no Brasil, deve muito aos dois.
Não apenas aos dois, obviamente. Até eu, na minha insignificância, dei a minha dose de contribuição. A diferença deles é que deram a cara para bater – Freixo no Rio enfrentando as milícias e Haddad em São Paulo contemporizando com a nossa assustada, e por isso mesmo covarde, elite.
Agora ambos se juntam numa conjuntura que se não é favorável ao menos não é tão penosa quanto há de três anos atrás, que marcou o ápice do movimento que começou no sequestro dos protestos dos meninos do Passe Livre, em 2013.
Conta Guilherme Amado, na sua coluna no portal Metrópoles, que o presidente do PSB, Carlos Siqueira, não gostou do post e pediu para Freixo deletar.
Como bom militante, o deputado consentiu.
Tirar o Dr. Sócrates do time?
O imbróglio não é porque o PSB ganhou o apoio do PT no Rio para a candidatura Freixo. É outro. Siqueira quer São Paulo também. Não se contenta com a Cidade Maravilhosa.
Na cabeça dele, depois de tudo o que aconteceu no país, uma cena que qualquer limítrofe é capaz de entender, o representante da vanguarda de lutas pós-julho de 2013 em São Paulo tem que ser Márcio França, que foi vice-governador de São Paulo.
Numa analogia com o futebol, o que Siqueira imagina fazer equivaleria a um técnico tirar o Dr. Socrates do Corinthians na final contra o São Paulo, em 82, quando a equipe meteu 3 a 1, com Casagrande, Ataliba, Biro e Cia.
Fernando Haddad, querendo ou não os dirigente do PSD, é o Dr. Sócrates do período sombrio que cobriu o país nos últimos 8 anos. É o cara que vem conduzindo o processo, dialogando, abrindo espaço, ensinando incansavelmente como um Franco Montoro no período da pós-democratização.
É esse cara que o PSB quer tirar do time na final. Justamente a final que pode mudar para sempre os destinos do país.
Não só Siqueira. Também Renato Casagrande, secretário-Geral do partido, e o próprio Márcio França, que agora se sabe virou expert em plantar notícias em rodapé de páginas da grande imprensa.
Não é o caso de pedir aqui o fim do acordo com o PSB, tradicional aliado do campo progressista na luta por direitos e contra o arbítrio.
Mas é preciso um pouco de reflexão. A sorte do Timão, em 82, quando ainda por cima consagrou a expressão ‘Democracia corinthiana’, é que nenhum cartola maluquete sugeriu tirar o Dr. do time.
Nem o PT nem os eleitores vão aceitar que Haddad deixe de disputar a eleição para o governo de São Paulo. A presença dele em cada canto do Estado é parte do plano que ainda está longe de encerrar.
Freixo sabe disso. Ainda que tenha de apagar aquilo que escreveu, mas não deixou de acreditar.
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