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Sem sequer mencionar a morte do general iraniano, nota oficial apenas se solidariza aos EUA enquanto Bolsonaro afirma que opinaria sobre o assunto se tivesse poderio militar.

A nota oficial emitida pelo Itamaraty começa já se alinhando a Trump: “Ao tomar conhecimento das ações conduzidas pelos EUA nos últimos dias no Iraque, o Governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer justificativa ou relativização para o terrorismo.”

Em outro ponto, a nota afirma que o Brasil não pode continuar indiferente a essa ameaça que afeta a América Latina, e termina condenando os ataques à embaixada norte-americana no Iraque, sem contextualizar esses ataques (protestos contra o assassinato de 25 pessoas em um ataque norte-americano). Além disso, o Itamaraty omite na nota a morte do general iraniano Quassim Suleimani em decorrência de mísseis de Trump disparados contra o aeroporto internacional de Bagdá.

Em entrevista, Bolsonaro também tratou ao ação dos EUA como “combate ao terrosismo” e se colocou como aliado: “A nossa posição é se aliar a qualquer país do mundo no combate ao terrorismo. Nós sabemos o que, em grande parte, o Irã representa para os seus vizinhos e para o mundo”, disse o presidente.

Bolsonaro também afirmou que o Brasil “não tem forças armadas nucleares para poder dar opinião tranquilamente sem sofrer retaliações”, como se atacar com mísseis fosse o mesmo que “opinar tranquilamente”. “”Eu não tenho o poderio bélico que o americano tem para opinar neste momento. Se tivesse, eu opinaria”, resumindo o que entende por “opinar”.

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