A violência policial levou distritais à tribuna da Câmara Legislativa na tarde desta quarta-feira (4). Em repercussão a casos recentes ocorridos no estado de São Paulo, parlamentares sinalizaram que episódios de truculência dos agentes também marcam o mapa do Distrito Federal.
“Esta semana, a Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público notificou 236 casas de policiais militares que respondem no DF por algum crime ou ato de violência”, contextualizou o distrital Max Maciel (Psol). Na sequência, resgatou o caso de um jovem assassinado na garupa de uma moto em Samambaia e de um policial que golpeou com um tapa um rapaz na Estrutural.
“Não tem participação popular e social na gestão da segurança. E nós não queremos só punir, queremos colaborar”, completou Maciel. Já o parlamentar Gabriel Magno (PT) constatou a falha crescente da segurança pública. “Os policiais estão matando, mas estão morrendo também. Este modelo não funcionou para ninguém. A sensação de insegurança só aumenta”, declarou.
Concluindo a discussão do tema, o parlamentar Fábio Felix (Psol) cobrou ações preventivas do Estado e reclamou da discriminação em partes carentes da cidade. “Em alguns territórios a abordagem é absolutamente leve, com jovens brancos do Lago Sul e das Asas. A abordagem com o jovem negro de periferia é completamente diferente e isso precisa mudar desde a formação da polícia militar até todo o processo institucional de reflexo da política de segurança pública”, ponderou. Ao longo dos pronunciamentos, todos enalteceram os policias que cumprem suas obrigações de forma exemplar.
Daniela Reis – Agência CLDF
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