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O grupo Prerrogativas, composto por juristas, professores de Direito e advogados, se pronunciou em nota na tarde desta quinta-feira (4) após a notícia de que o procurador da República Deltan Dallagnol, que atuou na Força Tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, pediu exoneração dos quadros do Ministério Público Federal (MPF) para, muito provavelmente, ser candidato nas eleições do próximo ano. O texto faz menção também ao ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, que abandonou a magistratura para enveredar no mundo político. O coletivo chamou de “manobra criminosa” a atitude dos dois envolvidos no maior escândalo de parcialidade e fraude judicial da história do Brasil.

“Esses dois cínicos personagens, que se notabilizaram por um conúbio promíscuo, mediante o qual fraudaram escancaradamente garantias processuais básicas, durante a chamada Operação Lava Jato, agora exibem à luz do sol seus verdadeiros propósitos. Os pretextos de “combate à corrupção”, “Brasil justo para todos”, “lei que deve valer para todos” e até “amor ao próximo”, utilizados por esses farsantes, na verdade sempre constituíram veículos de busca de interesses pessoais, à custa da destruição de empresas nacionais e da condenação de inocentes, numa tenebrosa deformação das funções da magistratura e do Ministério Público”, dispara o comunicado do grupo.

O documento esmiuça ainda o papel de cada um deles no desenrolar da Lava Jato, acusando Sérgio Moro de ter violado o princípio básico da imparcialidade que cabe aos juízes, e colocando Deltan Dallagnol como chefe de um “sinistro esquadrão” que impôs perseguições de cunho político. Para o Prerrô, como é conhecido o coletivo de juristas, as duas figuraram cometeram traição em relação às instituições que compunham.

“Sergio Moro violou gravemente a obrigação de imparcialidade a que devem respeito todos os magistrados, como condição elementar de sua atuação. Já Deltan Dallagnol converteu a força-tarefa que coordenava na Lava Jato num sinistro esquadrão dedicado a empreender perseguições políticas sem base legal. Ambos agora revelam ao país a verdadeira índole dos abusos que praticaram. São traidores das instituições às quais pertenceram e inimigos da Constituição, sedentos de poder e ávidos pela manipulação de incautos”, diz o texto.

Por fim, o Grupo Prerrogativas relembra que há muitos anos vem denunciando o que seriam as descaradas manobras políticas de membros do MPF e da Justiça Federal que atuaram no âmbito da Operação Lava Jato, mostrando que esses integrantes da força-tarefa agiam exclusivamente sob orientação ideológica e com direcionamento político em suas investigações, decisões e sentenças.

A nota se encerra com uma previsão quanto ao futuro de Moro e Dallagnol, classificados como “infames trapaceiros”: A de que a aventura político-partidária dos dois não irá muito longe, uma vez que o grupo entende que os danos causados pela dupla e por outros procuradores federais e juízes à democracia brasileira não serão apagados da história.

Fonte: Portal Fórum

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