Depois de atuar como Pilatos no processo eleitoral, lavando as mãos e deixando de apoiar uma frente democrática com Fernando Haddad, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso agora vê Jair Bolsonaro como um
“Será um impacto, no meu modo de ver, negativo. Ele disse que o Mercosul não é prioridade, o que abala a relação do Brasil com parceiros do Sul. Foi dito que, eventualmente, o Brasil poderia cortar relações com certos países”, disse ele, durante evento em Lisboa, segundo relata a jornalista Giuliana Miranda. “Se formos por esse caminho, vamos levar o Brasil para uma posição como se fosse os Estados Unidos, mas sem ser os Estados Unidos. Nós não temos esta possibilidade. A China é nosso maior parceiro comercial e, se o Brasil tomar certas medidas, eles vão reagir”, afirmou.
FHC afirmou que o Brasil não será uma ditadura e falou também sobre a decadência do PSDB. “O Congresso é forte, os tribunais são fortes. As Forças Armadas são bastante treinadas no sentimento democrático e de respeito à Constituição”, disse ele. “Como a maior parte dos partidos, o PSDB sai bastante atingido, com menos força do que tinha antes, talvez até mesmo fragmentado”.
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