youtube facebook instagram twitter

Conheça nossas redes sociais

O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Joseph Eid/AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou uma Medida Provisória (MP) que institui o imposto mínimo global no Brasil, com o objetivo de garantir uma tributação mínima de 15% sobre os lucros de empresas multinacionais. A medida, publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira (3), faz parte da estratégia do governo para aumentar a arrecadação e combater a chamada erosão da base tributária.

Essa prática é comumente utilizada por grandes empresas para reduzir o pagamento de impostos, transferindo lucros para países com tributação mais baixa. A nova tributação alinha o Brasil ao acordo global firmado por cerca de 140 economias, que conta com o apoio da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do G-20.

A adoção dessa medida, já em vigor na União Europeia, Reino Unido e outras grandes economias desde janeiro deste ano, busca garantir que as empresas paguem um mínimo de impostos, independentemente do país onde estão sediadas. A expectativa é de que a arrecadação com o novo imposto alcance R$ 3,4 bilhões em 2026 e R$ 7,3 bilhões em 2027.

Lula e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Foto: reprodução

A MP cria um adicional à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), especificamente voltado para garantir que as empresas paguem a alíquota mínima de 15%.

Essa tributação adicional será aplicada nos casos em que a alíquota efetiva em outros países for inferior a esse percentual. O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, também publicou no DOU uma Instrução Normativa regulamentando essa medida.

“Essa medida é essencial para proteger a base tributária brasileira e evitar que as empresas se aproveitem de paraísos fiscais”, afirmou Barreirinhas. A tributação será aplicada a grupos de empresas multinacionais com receita anual consolidada de 750 milhões de euros (cerca de R$ 4,5 bilhões) ou mais, em pelo menos dois dos últimos quatro anos.

Além de garantir uma maior arrecadação, a medida visa combater o planejamento tributário agressivo, que permite a grandes empresas reduzir artificialmente o pagamento de impostos. Parte dos lucros dessas empresas, relativos a investimentos em ativos e empregados locais, poderá ser excluída do cálculo do imposto adicional, o que reduz o valor a ser pago.

A implementação das Regras GLOBE, criadas pela OCDE, busca harmonizar as legislações tributárias globais e garantir que as empresas paguem sua parte justa de impostos.

No Brasil, embora a soma das alíquotas nominais máximas dos tributos sobre a renda das pessoas jurídicas seja de 34%, o governo afirma que, na prática, as grandes corporações muitas vezes pagam uma alíquota efetiva inferior a 15%.

“No caso do Brasil, a alíquota efetiva paga pelas maiores empresas frequentemente é inferior aos 15% do lucro societário”, afirmou Isac Falcão, presidente do Sindifisco Nacional, em um artigo publicado na Folha de S.Paulo.

O governo não espera arrecadar recursos significativos com o novo imposto em 2025, mas não descarta a possibilidade. As empresas que não apresentarem as informações necessárias dentro do prazo ou que cometerem erros estarão sujeitas a multas. Essas penalidades podem chegar a 0,2% da receita total anual por mês de atraso, limitadas a 10% ou R$ 10 milhões, além de 5% do valor omitido ou incorreto, com uma multa mínima de R$ 20 mil.

Além do imposto mínimo global, o Ministério da Fazenda anunciou outras medidas para aumentar a arrecadação, incluindo uma MP que visa evitar a redução do pagamento de tributos pelos bancos.

A expectativa é que essa medida gere mais de R$ 16 bilhões em 2025, contribuindo para o equilíbrio das contas públicas e ajudando a equipe econômica a alcançar a meta de déficit zero no próximo ano.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.

  • Gleisi e Odair pedem arquivamento do PL da anistia aos golpistas

    Gleisi e Odair pedem arquivamento do PL da anistia aos golpistas

    No requerimento apresentado a Arthur Lira, petistas argumentam que manter a tramitação do projeto, apoiado por parlamentares bolsonaristas, “é de todo inoportuno e inconveniente para o processo democrático e paz nacional” A perspectiva de perdão ou impunidade dos envolvidos tem servido de estímulo a indivíduos ou grupos extremistas de extrema direita A presidenta do PT,…


  • Guimarães: apoio à Aliança Global contra a Fome é fruto da liderança de Lula 

    Guimarães: apoio à Aliança Global contra a Fome é fruto da liderança de Lula 

    “Esse evento no Rio de Janeiro, esse magnífico fórum do Rio de Janeiro, diz bem do protagonismo que o Brasil exerce hoje no mundo”, afirmou o líder do governo, em pronunciamento na Câmara O deputado José Guimarães e o presidente Lula O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou durante pronunciamento no Parlamento,…


  • Setores que cobram redução de gastos do governo deixam de pagar R$ 546 bi de impostos

    Setores que cobram redução de gastos do governo deixam de pagar R$ 546 bi de impostos

    Lista divulgada pelo Ministério da Fazenda revela as empresas, inclusive jornalísticas, beneficiadas por isenções fiscais, as mesmas que, aliadas ao mercado, pressionam por cortes de verbas destinadas a quem mais precisa R$ 546 bilhões de isenções fiscais equivalem a três vezes o orçamento previsto para o Bolsa Família em 2025, de 167,2 bilhões de reais…


Os comentários estão desativados.