Em entrevista nesta terça-feira (5/9), o vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Ricardo Vale (PT) fala sobre os projetos de multa a agressores de mulheres e orientação a estudantes como formas de combate a violência de gênero
Ricardo Vale, vice-presidente da Câmara Legislativa, é o entrevistado do CB.Poder. Na bancada, a jornalista Ana Maria Campos. – (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
CB PODER
Diálogo e união de forças para combater o machismo, cita Ricardo Vale ao CB.Poder
Em entrevista nesta terça-feira (5/9), o vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Ricardo Vale (PT) fala sobre os projetos de multa a agressores de mulheres e orientação a estudantes como formas de combate a violência de gênero
Ricardo Vale, vice-presidente da Câmara Legislativa, é o entrevistado do CB.Poder. Na bancada, a jornalista Ana Maria Campos. – (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
postado em 05/09/2023 17:53 / atualizado em 21/09/2023 14:56
“Foi um gesto importante e fruto de um diálogo que tem que existir, mesmo eu sendo de oposição”, cita o deputado distrital e vice-presidente da Câmara Legislativa, Ricardo Vale (PT), ao refletir sobre as leis anti-machismo de sua autoria que foram aprovadas recentemente pelo Governo do Distrito Federal.
O petista é o convidado do programa CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília — desta terça-feira (5/9). O parlamentar ainda discorre a respeito da celebração do 7 de Setembro ao retomar os atos antidemocráticos que invadiram a capital no início do ano.
No primeiro bloco da entrevista, conduzida por Ana Maria Campos, o deputado detalha as duas leis de combate a violência contra a mulher. Uma delas institui a aplicação de multas para agressores. O mecanismo para coibição prevê o pagamento de quantia proporcional à renda de quem comete o crime. “Se ele não tem salário algum, ele vai pagar até R$ 500. Se ele ganha de R$ 2 mil a R$ 5 mil, ele paga R$ 1.000. Se ganha de 5 mil a 10 mil, paga 2.000, e assim vai”, explica. A cobrança pode chegar a R$ 5 mil, conforme a renda.
A outra medida assinada por Ricardo Vale leva o debate acerca do respeito a mulher e igualdade de gênero para as escolas, a fim de orientar as futuras gerações. “Teremos uma semana no mês de março para que as escolas desenvolvam uma série de oficinas, trabalhos e debates sobre esse tema” cita. Segundo ele, também será criado um comitê nas escolas, a fim de dar continuidade à conversa com os menores, “vai ter ações nas escolas para discutir essa questão do machismo, essa questão dos direitos da mulher, para tentar mudar esse machismo estrutural”.
A regulação dos projetos foi alcançada a partir do diálogo com o governo do DF, comandado por Ibaneis Rocha e a vice-governadora Celina Leão, figuras às quais Vale é opositor. No entanto, o membro do Partido dos Trabalhadores cita como importante a articulação com o lado contrário do espectro político. “Se não tem regulamentação, ela (a lei) fica parada. Então, foi um gesto importante e fruto de um diálogo que tem que existir, mesmo eu sendo de oposição”, declara.
Com a chegada da celebração da Independência, o vice-presidente da Câmara Legislativa prevê que o desfile do 7 de Setembro será um momento familiar e tranquilo apesar da apreensão de novos tumultos. “Eu fico preocupado com esse pessoal que já demonstrou não ter respeito pela democracia. É preciso ter todo cuidado e eu estou percebendo que há um esforço do Governo Federal e do Governo local para que tudo transcorra de forma tranquila.”, finaliza Vale.
Por João Carlos Silva, estagiário sob supervisão de Patrick Selvatti
Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.