Chamado está no site da entidade. Nas ruas pela educação e pela Amazônia: Veja todos os motivos, prepare seu cartaz, palavras de ordem e ajude a mobilizar sua cidade, diz a chamada.
A independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, já tem quase 200 anos e ainda lutamos por um país realmente soberano e democrático pro seu povo. É claro que a educação pública e a Amazônia deveriam estar no topo da lista de prioridades! Em 2019 já fizemos atos enormes e vamos intensificar a nossa resistência neste dia 7 de setembro. Porque ser patriota é respeitar a Amazônia e o meio ambiente, é defender o povo brasileiro formado e independente, é acreditar na ciência para o desenvolvimento do Brasil.
1. Defender a Amazônia é preservá-la
Em agosto, o número de queimadas na Amazônia foi o dobro do ano passado e isto precisa parar. Exigimos responsabilidade com este patrimônio brasileiro! Enquanto a juventude do mundo luta pelo meio ambiente, no Brasil denunciamos queimadas, liberação de agrotóxicos, invasão de reservas indígenas e falta de ação do governo federal.
2. SOS Institutos Federais
Já faltam materiais, transporte e até água potável em muitos IFs, com 30% do orçamento cortado em 2019. O governo ainda não ofereceu alternativas e propôs o início da privatização, com o projeto “Future-se”, que na verdade é apenas uma volta ao passado.
3. Pelo sonho da educação pública de qualidade
Com os cortes de abril, o ensino básico perdeu R$ 2,4 bilhões em muitos programas de auxílio à merenda, transporte, livros e reformas. Ou seja, a promessa de foco na educação básica é mais um mito deste governo.
4. Queremos nos formar na universidade
Os discursos contra importância da ciência, da formação crítica e da universidade para todos se refletem na prática: cortes de 30% nas universidades federais e esvaziamento do ProUni. O programa está com a menor oferta de bolsas integrais e de vagas presenciais da história. Somos da primeira geração que sonha com a universidade e não aceitamos ser a última.
5. Fundeb permanente já!
A escola pública entra em colapso total sem o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério (Fundeb), que distribui mais de R$100 bilhões por ano para estados e municípios. É urgente renovar este fundo em 2019, porque o atual só tem duração até 2020.
6. Minha escola não é quartel
Militarização não é a resposta para a escola pública. Não precisamos destruir a pluralidade do ambiente escolar nem criar padrões de comportamentos e de valores. Precisamos de materiais, reformas, professores com formação e bons salários.
7. Democracia e autonomia nas escolas!
Temos presenciado diversos casos de autoritarismo na educação este ano. No Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), Rio de Janeiro, estudantes têm resistido à nomeação autoritária de um assessor do ministro Weintraub como reitor. É a quebra da tradição do respeito à eleição interna. Nenhum passo atrás na democracia escolar!
A UNE, de acord com seu site, diz que os estudantes brasileiros vêm marcando forte posição contra os desmandos do governo Bolsonaro. Foi assim no mês de maio e no último mês de agosto quando cidades de todo o país foram ocupadas por milhares de jovens no ‘’tsunami da educação’’. No próximo 7 de setembro, o movimento vai às ruas novamente para mostrar que a luta não esmorece, destaca.
Se ainda te restam dúvidas, o site da UNE preparou 7 motivos especiais para você vir somar com a gente.
Confira:
1-AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA É COISA SÉRIA
Bolsonaro tem tomado decisões contrárias aos Conselhos Universitários. A escolha de reitores que não foram eleitos pela comunidade acadêmica, composta de representantes discentes e docentes, fere a democracia e coloca em xeque o futuro da educação pública.
2 – FUTURE-SE OU VIRE-SE?
O projeto lançado pelo MEC ignora o problema imediato das universidades que permanecem sem recursos e podem ter suas gestões terceirizadas para Organizações Sociais. É a universidade pública nas mãos do mercado!
3 – FANTASMA DA PRIVATIZAÇÃO
Sucatear as universidades é um dos passos para privatizar a educação pública. Ao passo que recursos são retirados, empresas aparecem como solução para o financiamento. A educação deve ser de todos.
4 – ATAQUES À CIÊNCIA
O presidente Jair Bolsonaro segue questionando dados científicos produzidos por institutos de pesquisa federal. “Tenho a convicção que os dados são mentirosos” foi uma das inúmeras das frases usadas por ele para desmerecer as informações fornecidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o desmatamento da Amazônia.
5 – DEVOLVAM NOSSAS BOLSAS
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) suspendeu no último mês de julho a divulgação dos selecionados para a segunda fase de um edital de concessão de bolsas de pesquisa científica. A entidade afirmou que está sem recursos financeiros e que a suspensão vai até o dia 30 de setembro.
6 – PROTEGER A AMAZÔNIA
Embora incêndios possam ser habituais em épocas de seca, a flexibilização dos controles ambientais no atual Governo vem acelerando a perda de vegetação na Amazônia. Segundo a revista científica Nature Sustainability a Amazônia brasileira perdeu mais de uma Alemanha em área de floresta entre 2000 e 2017 se o projeto de Bolsonaro continuar, até quando a floresta irá sobreviver?
7 – DEFENDER A DEMOCRACIA
Em 11 de junho, o presidente Jair Bolsonaro decidiu exonerar 11 peritos que integravam o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT). No final de julho, Bolsonaro direcionou um de seus ataques ao presidente da OAB Felipe Santa Cruz, ao falar com desdém sobre o desaparecimento de seu pai, Fernando Santa Cruz, na ditadura. “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”, disse Bolsonaro.
O site cunclui: Os estudantes prezam pela memória e pela justiça. Exaltar a tortura é matar a democracia.
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