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“Nenhum governo investiu tanto no financiamento e modernização da indústria, na competitividade e na abertura de mercados”, diz o partido. “Não há qualquer razão de ordem legal para excluir Lula”

O PT divulgou nesta quarta-feira (4) nota em que protesta contra a exclusão no debate promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com pré-candidatos à Presidência da República. Segundo o partido, a entidade patronal “deixou de conhecer as ideias e propostas de quem reúne as melhores condições de pacificar o país e retomar o caminho do desenvolvimento”, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O governo Lula promoveu o mais longo e estável período de crescimento econômico da história, ao longo do qual o PIB cresceu constantemente. Nenhum governo investiu tanto no financiamento e modernização da indústria, na competitividade e na abertura de mercados internacionais”, afirma o PT, em nota assinada por sua presidenta nacional, senadora Gleisi Hoffmann (PR). “O setor industrial brasileiro conhece Lula e sabe do que ele é capaz, principalmente em situações de crise, como aquela que o mundo enfrentou em 2008 e que superamos por meio do diálogo entre o governo e os representantes empresariais.”

“É dessa experiência, dessa capacidade de diálogo e desse compromisso que o Brasil precisa, especialmente neste dia em que o IBGE anuncia uma retração de 10,4% na produção industrial do país”, acrescenta Gleisi.

“Foi uma grande decepção, portanto, saber que a CNI realizou sua tradicional sabatina com os pré-candidatos sem ter convidado o PT a designar um representante daquele que lidera todas as pesquisas. Temos sido convidados por outras organizações nacionais e contribuído para o debate por meio de cartas do Lula e do programa de governo”, protesta a senadora.

A entidade patronal convidou seis pré-candidatos: Geraldo Alckmin (PSDB), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Álvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB). Foram excluídos, além de Lula, outros nomes mais identificados com o campo progressista, como Guilherme Boulos (Psol) e Manuela D´Ávila (PCdoB). Ambos situam-se nas pesquisas eleitoras em condições similares a Henrique Meirelles e Álvaro Dias. Procurada, a CNI não se manifestou.

“Não há qualquer razão de ordem legal para excluir Lula de debates ou sabatinas. A candidatura do ex-presidente será registrada pelo PT no dia 15 de agosto e somente uma decisão posterior da Justiça Eleitoral, se provocada, poderá levantar a hipótese de inelegibilidade.  Até lá, ele é pré-candidato como qualquer de seus adversários e tem o direito de expor suas ideias”, argumentou a presidenta do partido.

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