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Ex-ministros da Justiça de diferentes governos anteriores, Aloysio Nunes Ferreira, Eugênio Aragão, José Carlos Dias, José Eduardo Cardozo, José Gregori, Luiz Paulo Barreto, Miguel Reale Jr., Milton Seligman, Raul Jungmann, Tarso Genro e Torquato Jardim, assinaram carta aberta condenando o decreto de armas do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro e defendendo a tese central de que ampliar o acesso às armas não é solução para garantir a segurança da população.

“Nós, ex-ministros da Justiça e da Segurança Pública, que em diferentes momentos da história fomos responsáveis por conduzir a política de segurança pública no âmbito federal, demonstramos nossa profunda preocupação com os retrocessos no controle de armas e munições e com o impacto dos decretos federais no desmantelamento dos principais pilares desta agenda”, diz op documento publicado no jornal Folha de S.Paulo.

“O controle de armas e munições no Brasil é uma agenda central para o enfrentamento do crime organizado e para a redução dos homicídios. Por essas razões, seus ganhos não podem ser colocados em risco. Precisamos trabalhar para o seu fortalecimento, impedindo retrocessos”, enfatizam os ex-ministros.

“Independentemente dos partidos que estavam no poder e da orientação dos governos dos quais fazíamos parte, nosso compromisso sempre foi o de fortalecer avanços que consolidassem o Brasil como uma referência de regulação responsável de armas e munições para a América Latina e para o mundo”, diz o documento, evidenciando o contraste dessas políticas com os retrocessos propostos pelo governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro.

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