Barômetro político é uma série de pesquisas feita mensalmente pelo instituto Ipsos para o jornal O Estado de São Paulo, provavelmente o jornal mais antipetista do país. Neste domingo, o vetusto jornalão reconhece, quase em lágrimas, que Lula venceu a batalha da comunicação contra a mídia, Sergio Moro e o TRF4.
A reportagem do Estadão sobre a pesquisa Barômetro Político de fevereiro diz textualmente:
“Com base nos dados do Barômetro Político Estadão-Ipsos de fevereiro, [nós, do Estadão] podemos afirmar que, ao menos até este momento, o desgaste para o ex-presidente [Lula, causado pela condenação pelo TRF4] é diminuto”.
A mídia pretendia que a condenação do ex-presidente Lula pelo TRF-4 em janeiro derrubasse as intenções de voto e a aprovação de Lula..
Em tom de lamentação, o jornal que encomendou a pesquisa Barômetro Político reconhece que Lula é o menos desaprovado entre todos os potenciais presidenciáveis, como Rodrigo Maia, Henrique Meirelles, Geraldo Alckmin, Ciro Gomes, Fernando Haddad, Jair Bolsonaro e João Dória, dos quais o Ipsos pesquisou aprovação e desaprovação.
Ao contrário da maioria dos outros avaliados, os indicadores do ex-presidente pouco haviam oscilado nos 12 meses anteriores ao julgamento. A dúvida recaía sobre o possível impacto que uma eventual condenação teria em sua popularidade.
Com base nos dados do Barômetro Político Estadão-Ipsos de fevereiro, o jornal antipetista reconhece que, “ao menos até este momento, o desgaste para o ex-presidente é diminuto”.
Em fevereiro, a desaprovação de Lula era de 56%. Em janeiro, era de 54%. A aprovação de Lula é de 42% e era de 44% no mês anterior. Porém, essa variação está dentro da margem de erro da pesquisa.
Todas as forças do inferno levantaram-se contra Lula e o máximo que eles conseguem é aumento de sua aprovação dentro da margem de erro de uma pesquisa? Se fosse eu quem financiasse esse golpe demitiria todo mundo – Globo, Moro, os três patetas do TRF4…
Na verdade, o Estadão vem sofrendo com a série de pesquisas que encomendou ao instituto Ipsos. Em dezembro, o “barômetro-políticos” Estadão-Ipsos detectou que enquanto a popularidade de Lula sobe, a de Sergio Moro vem despencando.
Quem diz isso não é o Blog da Cidadania e, sim, um site ligado à Lava Jato, O Antagonista, do qual 99% do trabalho se resume a acusar e a insultar Lula e seu partido.
Provavelmente a situação de Moro deve ter piorado muito, porque o Estadão não deu informações.
Mas as boas notícias para Lula não são só para ele, mas para toda a esquerda brasileira – e péssimas para a mídia e a republiqueta de Curitiba. Segundo a pesquisa Ipsos, “Faltando sete meses para as eleições presidenciais, nenhum dos pré-candidatos vinculados ao governo e ao centro político tem taxa de aprovação superior a dois dígitos”.
Seja como for, os candidatos mais fortes da direita, hoje, são Jair Bolsonaro e Geraldo Alckmin. Segundo a pesquisa em tela, ambos estão bem mal das pernas.
Geraldo Alckmin é aprovado por 20% dos eleitores e desaprovado por 68% ; Jair Bolsonaro é desaprovado por 58% e aprovado por 24%.
Só lembrando: Lula é aprovado por 42% e reprovado por 52.
Não é por outra razão que a Folha de São Paulo publicou também no domingo 4 que até os adversários de Lula estão preocupados com sua possível prisão, pois acham quem pode desencadear um comoção social que poderá inviabilizar o próximo governo se o eleito não for o candidato de Lula.
Diz a matéria da Folha que “Até mesmo adversários do ex-presidente [Lula] tentam persuadir o Supremo a dar uma resposta definitiva aos questionamentos sobre a execução provisória de penas. Nomes graduados do PSDB e do governo Michel Temer já manifestaram a ministros do tribunal preocupação com os desdobramentos de uma prisão de Lula. É crescente entre esses personagens o temor de que, com o petista na cadeia, uma parcela considerável da população veja o processo eleitoral com desconfiança, o que ampliaria a instabilidade do próximo governo”
A maioria dos analistas políticos de direita manifesta um temor mais do que fundado de que uma eventual prisão de Lula acabará vitaminando o candidato indicado por ele. Como a população é pacífica e não irá partir para a guerra contra um aparelho repressor armado até os dentes, sua forma de protestar será votando em massa em quem Lula indicar.
Como diz a pesquisa Ipsos-Estadão, a SETE MESES da eleição os candidatos do “mercado” – ou seja, Doria, Alckmin, Meirelles ou Temer – não deslancham. E o candidato de Lula só não aparece para o grande público porque os institutos de pesquisa se recusam a incluir nos seus formulários a opção “candidato de Lula” em vez de nomes como Haddad ou Jaques Wagner, que ninguém conhece.
O povo brasileiro só vai eleger um candidato que se comprometa a desfazer tudo o que Temer e o PSDB fizeram desde que usurparam o poder no Brasil via um golpe parlamentar fajuto como uma nota de 3 reais.
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