Durante seminário, lideranças partidárias explicam a nova estratégia de mobilização e formação permanente da militância do PT
ara o PT, 2022 não será apenas de eleições. Será também o ano em que o partido dará, nas palavras de sua presidenta nacional, Gleisi Hoffmann, “um salto organizativo, político e de formação”. E isso ocorrerá por meio da criação de milhares de Comitês Populares de Luta, espaços pelos quais a militância poderá se comunicar com a direção nacional, receber capacitação e formação permanente e ser orientada sobre como mobilizar sua comunidade para a defesa de um país democrático e justo.
Tema da mesa que encerrou, na noite de terça-feira (1º), o Seminário Resistência, Travessia e Esperança, os Comitês Populares de Luta serão muito mais que simples comitês eleitorais, embora, no tempo certo, respeitando a legislação, eles possam assumir esse papel. Foi o que explicou Gleisi: “Queremos que esses comitês sejam embriões de organização popular. Precisamos de participação e apoio”.
Uma militância ávida para atuar
Segundo as secretárias nacionais de Organização, Sonia Braga, e de Movimentos Populares e Políticas Setoriais, Vera Lucia, a Lucinha, os comitês permitirão, por exemplo, ações coordenadas que serão combinadas e executadas ao mesmo tempo, em todo o país.
Elas informaram que a divulgação da iniciativa, o registro dos comitês e a distribuição de cartilhas de orientação começarão em breve. O objetivo é criar, ainda no primeiro semestre, 5 mil Comitês Populares de Luta, estejam eles organizados em torno de um espaço físico ou em um simples aparelho de celular.
Para Sonia, a meta é plenamente realizável. “Nossa militância está ávida para atuar”, garantiu. E Lucinha reforçou o empenho daqueles que apoiam o PT. “Nós temos uma força incrível, uma imensa militância que está fora das instâncias do partido, fora dos diretórios, mas que ergue a bandeira do PT e faz a defesa de nossas pautas como gigantes Brasil afora”, observou.
Luta política e combate às fake news
O secretário nacional de Comunicação, Jilmar Tatto, descreveu a iniciativa como o início de um amplo movimento político popular, que, embora estimulado e coordenado a partir da direção nacional, será horizontal e democrático. “De maneira alguma, nós querermos hierarquizar, burocratizar, mas dar um sentido político (à militância), de que nós queremos mudança neste país.”
O diretor da Escola Nacional de Formação do PT, Gilberto Carvalho, acrescentou que o projeto dos comitês deve representar uma mudança na postura do PT, da militância e da direção partidária. “Queremos estimular nossa militância a não pensar apenas em buscar o voto, mas buscar corações e mentes. Esses comitês serão permanentes”, ressaltou.
Coordenadora da mesa sobre os comitês, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) pontuou ainda que os comitês serão uma das formas para enfrentar as fake news que constantemente surgem contra o PT e suas lideranças. “A pessoa que conhece o vizinho, a vizinha, vai estar desfazendo as mentiras à medida em que elas forem lançadas pela direita nas ruas”, explicou.
Da Redação
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