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Após ser reeleito presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM) foi taxativo com relação a dois pontos fundamentais: o governo não tem 308 votos para aprovar a reforma da previdência e a presidência da Câmara não será uma “linha auxiliar do governo”. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Maia ainda afirma que o governo terá de construir pontes com Renan Calheiros (MDB) se quiser aprovar a reforma da previdência, carro-chefe político do início do mandato de Bolsonaro.

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca vários trechos da entrevista com o deputado.

Sobre o DEM ser um “alicerce” do planalto, Maia disse: “não somos linha auxiliar do governo nem do partido do governo. O grande desafio do DEM vai ser a capacidade de compreender que a construção da presidência de um partido que não é o majoritário é sempre coletiva. Você não é o presidente que vai defender os interesses do DEM, tem que defender a agenda de todos os partidos. É um momento de mudança, um quadro pulverizado, e ninguém consegue ter a hegemonia que o MDB teve no passado no Senado.”

Sobre Renan Calheiros, Maia diz: “eu não acredito que um político com a experiência e história do Renan vá fazer algum movimento no curto prazo que sinalize uma revanche, não acho que é do estilo dele… Mas o governo vai ter que saber construir pontes com ele.”

Maia ainda falou sobre a eleição no Senado e sobre a articulação de Onyx Lorenzoni: “eu acho que o Onyx tinha uma outra formatação, eu de fato não apoiei o Bolsonaro e acho que no primeiro momento o governo queria a construção de um nome que tivesse apoiado. Era legítimo isso, mas o governo não interveio como poderia porque senão tinha viabilizado a candidatura do João Campos [PRB-GO], do Alceu [Moreira (MDB-RS)] ou do Capitão Augusto [PR-SP].”

Ainda sobre Onyx, Maia afirma: “tive a vida inteira [uma boa relação com o deputado]. Tive um conflito que eu nem considero conflito nas [votação das] 10 Medidas [Contra a Corrupção, em 2016], em que o relatório dele acabou sendo derrotado, não por um comando meu para derrotá-lo, porque eu não tinha 310 votos. Fora isso, sempre tive relação boa, sempre foi meu amigo.”

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