Operação Overclean revelou fraude de R$ 1,4 bilhão e se aproxima de políticos influentes
247 – A Operação Overclean, conduzida pela Polícia Federal desde 2023, revelou um esquema bilionário de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo contratos fraudulentos, licitações manipuladas e o uso de empresas fantasmas. A apuração, que já aponta possíveis conexões com políticos influentes em Brasília, expôs desvios de mais de R$ 1,4 bilhão, principalmente no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), segundo Mirelle Pinheiro, do Metrópoles. Em 2024, apenas a Bahia concentrou R$ 825 milhões desse total.
O esquema funcionava com alta sofisticação e era dividido em três núcleos. Alex Rezende Parente, apontado como o líder, coordenava as fraudes e organizava os pagamentos ilícitos. Ele contava com a colaboração de Fábio Rezende Parente, responsável pelas movimentações financeiras por meio de empresas fantasmas, e de José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, que ampliava a rede de influência política. Outro personagem central era Lucas Maciel Lobão Vieira, que gerenciava obras superfaturadas por meio da empresa Allpha Pavimentações.
A engrenagem do esquema – O modus operandi da organização incluía o aliciamento de servidores públicos, que eram atraídos por promessas de propinas e benefícios políticos. Esses funcionários facilitavam contratos fraudulentos e manipulavam processos licitatórios em favor do grupo.
Os recursos desviados eram lavados por meio de empresas de fachada, criadas exclusivamente para emitir notas fiscais falsas e justificar pagamentos. Além disso, as planilhas de custos dos contratos eram inflacionadas com itens desnecessários, resultando em superfaturamento significativo.
As obras frequentemente apresentavam qualidade inferior, com serviços incompletos ou mal executados. Para driblar fiscalizações, a quadrilha produzia relatórios fraudulentos e utilizava fotografias de outras construções como evidências de cumprimento de metas.
Impactos políticos e desdobramentos – A investigação trouxe à tona a magnitude do esquema, que já ultrapassou os limites da gestão pública para atingir figuras influentes do cenário político nacional. Com a atuação de José Marcos de Moura, que articulava contratos e apoio político, a organização conseguiu expandir sua rede de alcance.
A Polícia Federal continua aprofundando a investigação, que pode expor novos nomes e práticas similares em outras esferas. Especialistas afirmam que os desdobramentos da Operação Overclean devem provocar um efeito dominó, atingindo não apenas empresas envolvidas, mas também servidores e políticos que se beneficiaram do esquema.
Com informações do Brasil 247
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