Depois de doar R$ 10 bilhões da Petrobras aos “fundos abutres” norte-americanos, Michel Temer quer compensar essa parte do desfalque diminuindo o Bolsa Família, programa de combate à pobreza reconhecido mundialmente. Ou seja, o governo comporta-se como “Hobin Hood ao contrário” que tira dos pobres para dar ao rico sistema financeiro.
Temer agora ameaça cortar mais 345 mil beneficiários sob a alegação de “fraude” em cadastros e, com isso, economizar R$ 1,3 bilhão que irão irrigar as burras dos bancos e rentistas.
De acordo com o deputado José Guimarães (PT-CE), em apenas um ano, Temer já havia cortado 4,7 milhões dos beneficiários do Bolsa Família. “Uma tragédia social”, denunciou.
O governo Temer se escora em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) para fulminar o benefício que ajudou tirar milhões de brasileiros da miséria.
Se por um lado o golpe de Michel Temer tira dos pobres, por outro, privilegia os ricos com generosos subsídios e isenções. Só as petrolíferas estrangeiras que explorarão o pré-sal serão privilegiadas em R$ 1 trilhão nos próximos anos. O perdão de dívidas para industriais e ruralistas representam, somente no ano de 2017, mais R$ 40 bilhões.
Temer continuará a sangrar os pobres para cobrir o rombo estimado de R$ 157 bilhões no orçamento deste ano. Os alvos principais de cortes, portanto, dar-se-ão nos programas sociais, na educação, na saúde, etc.
O médico Dr. Rosinha, presidente do PT do Paraná, explicou didaticamente no início deste 2018 que “o golpe foi aplicado por ladrões para nos roubar direitos”, qual seja, o fim do Bolsa Família corrobora denúncia do petista.
Acerca do Bolsa Família
O Bolsa Família é um programa de transferência condicional de renda. Basicamente, os beneficiários recebem um auxílio mensal em dinheiro do governo, cumprindo em contrapartida várias regras. O alvo do programa são famílias consideradas pobres (renda mensal por pessoa de R$ 85,01 a R$ 170) e extremamente pobres (renda mensal por pessoa inferior a R$ 85). O valor do benefício varia de R$ 85 a mais de um salário mínimo, dependendo do grau de pobreza e da quantidade de crianças na família.