A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) enviou um ofício à secretária de Educação do Estado do Ceará, Eliana Nunes Estrela, pedindo o cancelamento da questão 23 do edital do Processo Seletivo Público nº 008/2024. Segundo a Fepal, o enunciado da questão, aplicada no último domingo (1º), configura “defesa do genocídio palestino”.
O documento, datado de 2 de dezembro de 2024, expressa indignação com a formulação do enunciado, que abordava o envio de sistemas antimísseis dos EUA a “Israel”. Entre as alternativas, constavam justificativas como “ataques constantes da Faixa de Gaza” e “diante do aumento de tensões com a Faixa de Gaza e o Líbano, ‘Israel’ passou a ser atacada”.
A Fepal critica a abordagem, que, segundo a federação, apresenta “Israel” como vítima enquanto ignora o “extermínio da população palestina em Gaza”.
O texto do ofício menciona relatórios da ONU e de organizações de direitos humanos que classificam “Israel” como um “regime supremacista de Apartheid”, além de investigações em andamento no Tribunal Penal Internacional (TPI) e na Corte Internacional de Justiça (CIJ) por crimes contra a humanidade.
Ualid Rabah, presidente da Fepal, descreveu a questão como “imoral” e afirmou que sua inclusão implicaria, ainda que de forma não intencional, em “cumplicidade e apologia do genocídio”. Ele destacou a gravidade da situação em Gaza, onde mais de 56 mil palestinos teriam sido mortos, incluindo 21.749 crianças, segundo dados anexados ao documento.
“A questão 23 induziu milhares de candidatos que prestaram o concurso a ver as vítimas do genocídio como as vilãs e os genocidas como as vítimas. Na prática, tratou-se de promoção da agenda genocida de ‘israel’, que é de extermínio da população palestina, de uma solução final que leve à integral limpeza étnica da Palestina”, que teria como objetivo a limpeza étnica da Palestina”, disse Rabah.
Rabah também levantou preocupações sobre uma possível influência de propaganda sionista no sistema educacional do Ceará, afirmando que isso poderia distorcer a percepção dos estudantes sobre a realidade palestina: “É como criminalizar o Gueto de Varsóvia por sua insurreição contra os nazistas”.
A federação solicitou a anulação imediata da questão e uma retratação pública por parte da Secretaria de Educação do Ceará, destacando a importância de a sociedade estar ciente do ocorrido.
Até o momento, a Secretaria de Educação do Ceará não se manifestou oficialmente sobre o pedido. “Esperamos que haja sensibilidade da secretária e seja anulada a questão. Mais: que haja retratação pública deste ato falho genocidário”, concluiu Ualid Rabah.
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