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Ricardo Nunes e Pablo Marçal; bolsonaristas dividem apoio entre os dois. Foto: reprodução

O apoio bolsonarista na campanha de Ricardo Nunes (MDB) para prefeito vem migrando para Pablo Marçal (PRTB) à medida que as eleições se aproximam, conforme informações do Globo. Segundo as últimas pesquisas, Marçal está tecnicamente empatado na liderança com Nunes e o deputado Guilherme Boulos (PSOL), criando uma competição acirrada para um lugar no segundo turno.

Nunes ainda possui o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar de uma certa distância, além do respaldo de líderes evangélicos que criticam Marçal e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é visto frequentemente em eventos de campanha.

Recentemente, a visão de que Marçal seria um representante mais fiel dos valores da direita ganhou força, especialmente com o apoio de deputados fiéis a Bolsonaro como Nikolas Ferreira (PL-MG), Marco Feliciano (PL-SP) e Ricardo Salles (Novo-SP), todos com forte presença nas redes sociais.

Contrariamente, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, tem sido um crítico ferrenho de Marçal desde o dia 7 de Setembro, chamando-o de “farsante” em suas frequentes declarações públicas. O religioso argumenta que o ex-coach tenta manipular os votos dos evangélicos.

O apoio de Nikolas Ferreira tornou-se explícito quando ele disse em suas redes sociais que prefere “dar uma chance para a dúvida (Marçal) a engolir esse cara (Nunes)”. Ele criticou a aliança de Nunes com 12 partidos, alegando que o prefeito se aliou a “vagabundos antagônicos aos nossos princípios.”

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Marçal, Bolsoanaro e Nunes: direita está dividida em São Paulo. Foto: reprodução

Em resposta, Malafaia desqualificou Ferreira, alegando que o político de primeiro mandato está sendo desrespeitoso com Bolsonaro. Salles também mostrou sua preferência por Marçal ao realizar um jantar para apresentá-lo a cerca de 130 empresários influentes.

Já Filipe Sabará, um dos estrategistas da campanha de Marçal, vê esse apoio tardio como resultado do afastamento de Bolsonaro da campanha de Nunes e da diminuição do risco de retaliações, uma vez que os acordos partidários de financiamento e propaganda já foram cumpridos.

O ex-capitão tem alertado seus aliados nos bastidores que apoiar Marçal poderia facilitar a vitória de Boulos. Publicamente, as reclamações são mais sutis, dada a incerteza do cenário eleitoral. Informações de bastidores indicam que Nunes havia se resignado à falta de apoio direto de Bolsonaro em eventos e propagandas eleitorais semanas atrás.

Assim, a influência de bolsonaristas sobre Marçal é vista como uma resposta às exigências diretas dos eleitores nas redes sociais, particularmente aqueles mais ativos digitalmente e que valorizam o engajamento — um ponto forte para Marçal e uma deficiência para Nunes.

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