A previsão inicial de que a paralisação duraria 24 horas foi mantida
Funcionários do Metrô de São Paulo, da CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos) e Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) optaram por suspender a greve na quarta-feira (4).
A decisão foi tomada após uma votação em assembleia realizada nesta terça-feira (3) à noite. Dos 2.952 votos registrados, aproximadamente 79% (2.331) manifestaram-se a favor da suspensão da greve, enquanto 19% (587) preferiram a continuidade da paralisação. Houve 34 abstenções.
Conforme a proposta aceita, a greve será encerrada hoje. Uma parcela significativa dos votantes, representando 39% (1.161 funcionários), também se pronunciou contra a realização de futuras assembleias ou greves na próxima semana, como originalmente proposto.
A greve planejada tinha uma duração prevista de 24 horas, começando à meia-noite e terminando às 23h59 de terça-feira (3).
O Metrô de São Paulo será reaberto somente na manhã de quarta-feira (4), apesar de os funcionários geralmente trabalharem durante o turno da noite após o fim da greve, de acordo com os metroviários.
Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, destacou que a greve de terça-feira recebeu apoio tanto dos funcionários quanto da população, demonstrando a força das categorias. Os metroviários também sugeriram a preparação de novas ações de mobilização envolvendo outras categorias.
A assembleia considerou duas propostas. A primeira propôs o encerramento da greve nesta terça-feira (3), com uma nova mobilização e assembleia marcada para a próxima segunda-feira (9), seguida de uma nova greve na terça-feira (10) se aprovada em votação. No entanto, a segunda proposta, mantendo a greve na quarta-feira (4), não obteve maioria de votos.
Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, enfatizou: “A luta contra as privatizações e terceirizações continua. Parabéns a todos os metroviários que participaram dessa greve poderosa e unificada. Nossa luta continua, em defesa dos nossos empregos, contra a terceirização e privatização. Permaneceremos firmes para derrotar o Tarcísio, suas privatizações e defender um Metrô e uma CPTM públicos e de qualidade.”
As categorias exigem o cancelamento de todos os processos de privatização e terceirização do Metrô, CPTM e Sabesp pelo governo do Estado, além de defenderem a realização de um plebiscito com a população sobre a privatização das três empresas públicas. A privatização e terceirização são uma das principais promessas de campanha do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Na noite de terça, a Justiça de São Paulo aumentou a multa para os sindicatos dos trabalhadores da CPTM e do Metrô para um total de R$ 3,5 milhões, devido ao descumprimento da decisão que exigia o funcionamento de 100% dos serviços nos horários de pico. Anteriormente, a multa estava estimada em R$ 500 mil e seria dividida entre os três sindicatos da CPTM.
Na manhã de hoje, várias estações das quatro linhas operadas pelo Metrô de São Paulo e da maioria das linhas da CPTM amanheceram fechadas.
Além disso, a linha 9-Esmeralda operou parcialmente devido a uma falha no sistema elétrico. Esta linha, privatizada e operada pela empresa Via Mobilidade, registrou o maior número de falhas entre as linhas privatizadas este ano.
Os ônibus da capital operaram normalmente, com 100% da capacidade, de acordo com a SPTrans.
Com informações do UOL.
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