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Cartaz informa sobre greve na estação Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. Foto: Bruno Santos

A paralisação que ocorre nesta terça-feira (3) envolvendo trabalhadores de serviços públicos em São Paulo tinha como objetivos a garantia de empregos, de condições de trabalho para o funcionalismo público e de assegurar a qualidade dos serviços oferecidos à população.

A greve unificada da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô-SP) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ocorre também contra os projetos de privatização do governo paulista. Funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) aderiram à paralisação.

Em pronunciamento à imprensa, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que os sindicatos “manobram os trabalhadores do transporte público estritamente por interesses políticos e ideológicos”. Ignorando as falhas recorrentes das linhas operadas por empresas privadas, o político afirmou que o projeto de privatização “não é motivo para paralisação”.

Alex Santana, operador de trem do Metrô e diretor da Federação Nacional dos Metroferroviários (Fenametro), rebateu a declaração do governador e destacou que, nas próximas semanas, estão previstos pregões está prevista a concessão à iniciativa privada dos serviços de manutenção e operação de estações do monotrilho da linha 15-Prara do Metrô.

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Reprodução

“Isso afeta diretamente o emprego dos trabalhadores, a qualidade do serviço, a precariedade do atendimento, enfim, é tudo num bolo só. Se isso não é pauta não sei o que que é pauta”, afirmou Santana ao Brasil de Fato. “O Tarcísio mente descaradamente”, disse.

Ainda nesta terça, em assembleia, os trabalhadores do Metrô vão discutir novos rumos para a paralisação, e a prorrogação do movimento não está descartada.

“A gente vai ter que definir qual vai ser o rumo da luta. Esse movimento agora, com essa com essa greve forte, e os apoios que a gente teve de outras categorias, movimentos e da própria população, fortalece e faz com que a gente tenha condições de dar continuidade e batalhar contra a terceirização, e consequentemente combater as concessões de privatizações de modo geral”, afirmou o diretor Fenametro.

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