O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) identificou um aumento de 283% nas irregularidades de cadastro do Bolsa Família durante a gestão Bolsonaro. Com informações do UOL.
Em 2019, primeiro ano da gestão do ex-capitão, foram registradas 1,67 milhão de inconsistências nos cadastros do Bolsa Família. Esse número aumentou para 6,4 milhões conforme a apuração feita em julho de 2023, já sob a gestão do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, liderado por Wellington Dias. Os números referentes a agosto ainda não foram consolidados.
As ações de “qualificações cadastrais” são realizadas anualmente no programa, no entanto, entre 2020 e 2021, esses processos não ocorreram devido à pandemia e à implementação do Auxílio Emergencial, que também atingiu o mesmo público-alvo do programa.
O governo busca os indícios de inconsistência por meio do cruzamento de dados do CadÚnico com informações adicionais de outros órgãos do próprio governo federal.
Em 2018, durante a gestão de Michel Temer (MDB), foram identificadas 2,34 milhões de inconsistências nos cadastros do Bolsa-Família.
No início de agosto, o UOL noticiou a exclusão de 934 mil beneficiários que alegavam morar sozinhos, suspeitando-se de manobras visando desdobrar os núcleos familiares para aumentar os benefícios.
Durante a gestão de Jair Bolsonaro, os critérios para os beneficiários do programa foram flexibilizados com a implementação do Auxílio Brasil, que não exigia critérios semelhantes aos do Bolsa Família. Entretanto, o monitoramento da frequência escolar e atualização da caderneta de vacinação de crianças foi retomado na gestão Lula.
No ano passado, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) estimou que o governo federal pagou o Auxílio Brasil a 3,5 milhões de famílias com renda acima dos limites necessários para ingressar no programa, resultando em um pagamento indevido de R$ 2 bilhões por mês.
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