Para o pré-candidato ao governo do Paraná pelo PT, as insinuações de Bolsonaro de que as Forças Armadas podem apoiar suas pretensões golpistas não passam de “bobagem”
“Não há chance alguma de haver golpe de Estado no Brasil. O Brasil está afrontado com a política econômica, a inflação hoje pega os brasileiros de forma linear, empregados e desempregados”, disse Requião nesta sexta-feira (3) durante sabatina realizada pelo jornal Folha de S. Paulo.
“Esta história de que o Exército vai se opor, que as Forças Armadas…, é bobagem. Qualquer oficial que tenha tido uma vantagem tem um cunhado, primo, parente que está sofrendo o efeito desta maldita política econômica. Agora, o Bolsonaro não tem posição alguma. Ele queria matar o FHC quando ele privatizou a Vale do Rio Doce. É um oportunista, um cínico oportunista da velha política, símbolo da manipulação de salários de funcionários”, destacou. CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
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Para Requião, Bolsonaro tenta mobilizar seus seguidores para tentar criar um clima de conflito institucional. “Ele pretende criar um movimento através da mobilização de seus adeptos, aqueles que foram doutrinados pela mídia, pela Globo, principalmente, com a condenação absoluta da política. Mas acho que ele está caindo no ridículo absoluto. Com toda a sinceridade, hoje vejo o Lula eleito no primeiro turno”, disse. “Lula é candidato de um movimento de recuperação do Brasil, de reestabelecimento da normalidade. Lula com Alckmin significa isto”, afirmou.
Na sabatina, Requião também criticou o liberalismo econômico que o governo Bolsonaro vem introduzindo no Brasil por meio das políticas do ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe. “Este pessoal estudou as apostilas do liberalismo econômico e acham que estão salvando o Brasil. Na realidade estão matando. Falta de conhecimento, de instrução. O que o Bolsonaro entende de economia? Nada. É um oportunista, um animador de picadeiro do que se transformou o Brasil regido pelo Paulo Guedes e pelo capital financeiro. Temos que enfrentar isso, defender a Petrobrás, a Eletrobras. e o Lula tem condições de fazer isso”, afirmou.CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O ex-governador também disse não entender a obsessão do presidenciável Ciro Gomes (PDT) pelo PT, embora concorde com ele em relação às críticas feitas aos governos anteriores. “Não entendo a agressão obsessiva do Ciro ao PT. Acho que é desserviço. Mas a crítica que ele faz aos nossos governos anteriores, ele ajuda o povo a pensar”, ressaltou.
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