Revista referência do pensamento Ocidental destacou iniciativa do presidente brasileiro
Plano de paz de Lula é a melhor aposta para a Ucrânia, aponta Foreign Policy · Ouvir artigo
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A revista Foreign Policy, que trata de geopolítica através de uma perspectiva Ocidental, elogiou a iniciativa de paz do presidente Lula para trazer a paz para a Ucrânia, afirmando que a proposta do brasileiro é a melhor escolha para a Ucrânia.
O artigo, assinado pelos professores Jorge Heine e Thiago Rodrigues, destaca que a posição do governo brasileiro sobre o conflito não reflete indecisão, como alguns comentaristas apontam. Na realidade, a posição do presidente Lula é uma de “não-alinhamento ativo”
“Como a América Latina é fustigada pelas pressões das grandes potências para tomar partido no que está se tornando uma segunda Guerra Fria entre os Estados Unidos e a China, o não-alinhamento ativo dita que a região deve se concentrar em seus próprios interesses e não nos dos outros”, definem.
“O não-alinhamento ativo não é sobre neutralidade ou equidistância entre grandes potências. Pelo contrário, é dinâmico. Isso significa que em alguns temas (como democracia ou direitos humanos), os países latino-americanos podem assumir posições mais próximas dos Estados Unidos, enquanto em outros (como comércio internacional) podem assumir posições mais próximas da China. O que os países não farão é ficar do lado inequívoco de um ou de outro. Isso, é claro, requer uma diplomacia altamente calibrada que avalia cada questão por seus próprios méritos e então decide como responder. É uma tarefa muito mais exigente do que fazer o que se diz em cada questão, como se espera que os países alinhados façam. Mas essa posição também dá às nações em desenvolvimento maior influência em suas negociações com grandes potências. O comportamento do Brasil é proativo, sempre em busca de novas oportunidades no cenário internacional, em vez de aceitar passivamente suas realidades”, prosseguem os acadêmicos. Playvolume
Citando as declarações do presidente Lula sobre o status da Crimeia, que geraram polêmica em Kiev e na Otan, Heine e Rodrigues avaliam que a Ucrânia provavelmente terá que ceder o território de forma definitiva. Eles argumentam que as perdas humanas são massivas para Kiev, com estimativas chegando a 131 mil mortes.
“Uma guerra paralisada – que é para onde a Ucrânia pode estar indo – é, em última análise, uma questão de resiliência econômica. Lá, a Rússia está em vantagem. A iniciativa de mediação brasileira para encerrar o conflito em breve pode ser uma oportunidade para salvar a Ucrânia – em vez do empreendimento ingênuo e equivocado que muitos no Ocidente descrevem”, concluem.
Moscou lançou sua “operação militar especial” na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. As delegações russa e ucraniana se envolveram em várias rodadas de negociações de paz desde então, mas as conversas acabaram chegando a um impasse. A Rússia insistiu que está aberta para negociações com a Ucrânia, mesmo depois que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky assinou um decreto proibindo negociações com Moscou em outubro de 2022. Kiev exige a retirada integral das tropas russas antes que a coexistência pacífica entre os países possa ser discutida, e prepara uma contra-ofensiva nesse sentido.
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