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Serão apenas 6,6 mil vagas em disputa. Edital deverá sair até 22/12 deste ano, e prova será aplicada em todo o país no fim de março de 2024

O governo trabalha com a expectativa de 5 milhões de candidatos concorrendo ao Concurso Nacional Unificado (CNU), que deverá ser realizado no fim de março de 2024. A informação foi adiantada ao Metrópoles pela secretária-adjunta de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Regina Camargos.

O chamado “Enem dos Concursos” aproveita experiências do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), considerado um case de sucesso pelo alcance e tempo de aplicação no país.

“Cinco milhões é o que a gente está prevendo, o (número) máximo de candidatos. A gente está fazendo uma extrapolação com base no Enem”, detalhou a secretária.

No total, 21 órgãos e entidades aderiram ao CNU, com o total de 6.640 vagas. Confira a distribuição:

Ensino médio

Agente de atividades agropecuárias: 100 vagas
Agente de Inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal: 100 vagas
Técnico de Laboratório: 40 vagas
Agente em Indigenismo: 152 vagas
Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas: 300 vagas

Ensino superior

Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental: 150 vagas
Analista de Infraestrutura: 300 vagas
Analista Técnico de Políticas Sociais: 360 vagas
Analista em Tecnologia da Informação: 300 vagas
Analista Técnico-Administrativo: 190 vagas
Economista: 27 vagas
Psicólogo: 2 vagas
Estatístico: 12 vagas
Técnico em Comunicação Social: 10 vagas
Técnico em Assuntos Educacionais: 2 vagas
Arquivista: 16 vagas
Arquiteto: 14 vagas
Engenheiro: 68 vagas
Bibliotecário: 4 vagas
Contador: 5 vagas
Médico: 20 vagas
Analista de Comércio Exterior: 50 vagas
Analista Técnico-Administrativo: 50 vagas
Economista: 10 vagas
Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários: 30 vagas
Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia: 40 vagas
Auditor-fiscal federal agropecuário: 200 vagas
Analista em Ciência e Tecnologia: 40 vagas
Tecnologista: 40 vagas
Analista Administrativo: 137 vagas
Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário: 446 vagas
Engenheiro Agrônomo: 159 vagas
Analista em Ciência e Tecnologia: 296 vagas
Analista Técnico de Políticas Sociais: 40 vagas
Analista Técnico de Políticas Sociais: 70 vagas
Indigenista Especializado: 152 vagas
Administrador: 26 vagas
Antropólogo: 19 vagas
Arquiteto: 1 vaga
Arquivista: 1 vaga
Assistente Social: 21 vagas
Bibliotecário: 6 vagas
Contador: 12 vagas
Economista: 24 vagas
Engenheiro: 20 vagas
Engenheiro Agrônomo: 31 vagas
Engenheiro Florestal: 2 vagas
Estatístico: 1 vaga
Geógrafo: 4 vagas
Psicólogo: 6 vagas
Sociólogo: 12 vagas
Técnico em Assuntos Educacionais: 2 vagas
Técnico em Comunicação Social: 10 vagas
Tecnologista: 220 vagas
Analista Técnico Administrativo: 100 vagas
Analista Técnico de Políticas Sociais: 30 vagas
Auditor-Fiscal do Trabalho: 900 vagas
Analista Administrativo: 15 vagas
Especialista em Previdência Complementar: 25 vagas
Especialista em Regulação de Saúde Suplementar: 35 vagas
Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Informações Geográficas e Estatísticas: 275 vagas
Tecnologista em Informações Geográficas e Estatísticas: 312 vagas
Pesquisador em Informações Geográficas e Estatísticas: 8 vagas
Administrador: 154 vagas
Arquiteto: 5 vagas
Arquivista: 2 vagas
Analista Técnico-Administrativo: 90 vagas
Contador: 47 vagas
Economista: 35 vagas
Engenheiro: 18 vagas
Estatístico: 7 vagas
Médico: 3 vagas
Psicólogo: 10 vagas
Técnico em Assuntos Educacionais: 20 vagas
Técnico em Comunicação Social: 9 vagas
Analista Técnico-Administrativo: 30 vagas
Analista Técnico-Administrativo: 45 vagas
Economista: 15 vagas
Analista Técnico-Administrativo: 50 vagas
Pesquisador-Tecnologista em Informações e Avaliações Educacionais: 50 vagas

O exame para ingresso em cursos de ensino superior já teve um total de 8 milhões de candidatos. Durante a pandemia, o número caiu para 3 milhões. Na edição deste ano do Enem, foram mais de 3,9 milhões de inscritos. “Então, a gente está trabalhando nessa faixa aí de 5 milhões de candidatos”, completou Camargos.

No termo de referência, documento usado para definir a banca organizadora, o universo de candidatos estimado é menor, de, no mínimo, 1,5 milhão de pessoas. Mas há a ressalva: “podendo sofrer acréscimo ou redução durante o período de inscrição”.

A prova será realizada apenas em março, porque é exigido um período mínimo de três meses entre a publicação do edital e a aplicação, para garantir aos candidatos tempo hábil de preparo.

Fraudes e segurança

Em 5 de novembro, data da aplicação da primeira fase do Enem, imagens da prova foram divulgadas durante o horário do teste. O ministro da Educação, Camilo Santana, minimizou o episódio, afirmando tratarem-se de “ocorrências pontuais”.

Questionada sobre como antevê esse tipo de problema no Concurso Unificado, a secretária Regina Camargos explicou que o governo trabalha com o apoio da Polícia Federal (PF), que vai acompanhar todo o processo de segurança do concurso. Nos estados, terá o apoio das polícias militares e civis, que vão atuar no combate a eventuais problemas relacionados a vazamentos. Os órgãos policiais também deverão auxiliar no transporte das provas.

“Vai ter toda uma operação, inclusive, de inteligência para que, a cada etapa do concurso, a gente trabalhe com o maior nível de segurança possível de modo a evitar esse tipo de problema que surgiu recentemente no Enem”, destacou.

Em outra frente, o governo lançou recentemente o site oficial do CNU, cujo objetivo é evitar que as pessoas caiam em eventuais golpes ou disseminem informações falsas sobre o Concurso Nacional. No fim de outubro, o ministério publicou, em seus canais oficiais, um alerta para a tentativa de golpe envolvendo o certame.

Tratava-se de um link enviado aos cidadãos para a realização de inscrição falsa. De acordo com o MGI, o link levava o internauta a uma página de cadastro e pagamento de Pix no valor de R$ 107,82. Vale lembrar que o prazo para as inscrições ainda não foi iniciado, e tampouco há informação sobre o valor da taxa de inscrição.

Informações detalhadas estarão disponíveis apenas no edital, que deverá ser publicado no Diário Oficial da União (DOU) no fim de dezembro.

Banca examinadora e cronograma

A pasta divulgou na semana passada a escolha da banca examinadora: a Fundação Cesgranrio, que foi a responsável pelo maior Enem da história, com 8 milhões de inscritos. Ela tem feito vários concursos nacionais, como as da Caixa Econômica, do Banco do Brasil e do IBGE. 

O edital com requisitos, vagas, salários, conteúdo programático, formas de inscrição, critérios de seleção, data e local das provas deverá ser divulgado até 22 de dezembro.

“Estamos trabalhando com 22 de dezembro no limite, sendo que, a depender do andamento da definição do conteúdo programático, pode ser que tenha alguma alteração. Isso vai depender muito dessas articulações entre o MGI, os órgãos e a própria Fundação Cesgranrio”, adiantou Regina Camargos.

Os resultados gerais da primeira fase deverão ser divulgados até o fim de abril de 2024. O resultado final do certame deverá ser divulgado no fim do mês seguinte, maio. O início dos cursos de formação, o processo de ambientação e a alocação inicial dos servidores estão previstos para o período entre junho e julho.

Os novos servidores públicos deverão começar a trabalhar efetivamente em agosto do próximo ano, quando deverá ocorrer a posse.

Como será a prova

O concurso será realizado, de forma simultânea, em 180 cidades, distribuídas pelas cinco regiões do país. Todas as capitais estarão abarcadas, a elas se somando municípios selecionados por critério do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Veja lista de cidades onde será aplicado o Concurso Nacional Unificado

Serão 7 blocos temáticos de nível superior e 1 bloco de nível intermediário:

  • Bloco 1: Administração e Finanças Públicas  Ministério da Gestão, MPO e MDIC;
  • Bloco 2: Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação  Antaq, Aneel e ANS;
  • Bloco 3: Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário  Mapa e Incra;
  • Bloco 4: Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação  MCTI e Inep;
  • Bloco 5: Políticas Sociais, Justiça e Saúde Funai, Ministério da Saúde e MJSP;
  • Bloco 6: Trabalho e Previdência — MTE e Previc;
  • Bloco 7: Dados, Tecnologia e Informação IBGE; e
  • Nível Intermediário — IBGE, Mapa e Funai.

As provas serão realizadas em um único dia, dividida em dois turnos:

  1. Provas objetivas, com matriz comum a todos os candidatos por bloco temático, no turno matutino; e
  2. Provas específicas e dissertativas por blocos temáticos, no turno vespertino.

Com informações do Metrópoles

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