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Governo israelense acusa António Guterres de não condenar ataque e questiona neutralidade da ONU

Antonio Guterres
Antonio Guterres (Foto: Mike Segar/Reuters)

Israel declarou, nesta quarta-feira (2), o secretário-geral da ONU, António Guterres, “persona non grata”, acusando-o de não condenar “inequivocamente” o ataque balístico do Irã ao território israelense ocorrido na terça-feira (1). A decisão foi anunciada pelo ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, que emitiu um comunicado contundente sobre o posicionamento do líder das Nações Unidas.

“Qualquer pessoa que seja incapaz de condenar inequivocamente o odioso ataque do Irã a Israel não merece pôr os pés em solo israelense. Este secretário-geral é contra Israel e apoia terroristas, violadores e assassinos”, disse Katz em seu comunicado, de acordo com o jornal O Globo.

O ataque do Irã, que envolveu o lançamento de mísseis contra alvos em Israel, foi amplamente condenado por diversos países e organizações internacionais. No entanto, a resposta de Guterres foi considerada insuficiente pelo governo israelense, que esperava uma condenação mais firme e direta do ato.

Em pronunciamento na televisão iraniana, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, Mohammad Bagheri, afirmou que a operação foi encerrada e teve como principal objetivo vingar a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, num bombardeio ocorrido na sexta-feira (27), em território libanês.

A declaração de “persona non grata” significa que Guterres não será bem-vindo em Israel e, na prática, impede sua entrada no país. Esta medida é rara e reflete a gravidade com que Israel vê a falta de uma condenação clara por parte do secretário-geral da ONU.

A relação entre Israel e a ONU tem sido marcada por tensões frequentes, especialmente em questões relacionadas ao conflito Israel-palestina. Israel frequentemente acusa a ONU de parcialidade e de adotar uma postura crítica em relação às suas ações de defesa e segurança. A decisão de Israel de declarar Guterres “persona non grata” pode ter repercussões significativas nas relações diplomáticas e na atuação da ONU na região. 

Com informações do Diário do Centro do Mundo

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