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O Instituto Nacional de Câncer estima que foram registrados 1.030 casos de câncer de mama no DF, em 2023

Novo uso do medicamento pode reduzir em até 25% as chances de recidiva de câncer de mama -  (crédito: Angiola Harry/Unsplash)

Novo uso do medicamento pode reduzir em até 25% as chances de recidiva de câncer de mama – (crédito: Angiola Harry/Unsplash)

O outubro começou e com ele se inicia a campanha Outubro Rosa, mês em que são realizadas ações para alertar a sociedade sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Anualmente, as mulheres são lembradas da necessidade de estarem atentas a sinais, fazerem sempre o autoexame e buscarem os exames de rastreamento. Na rede pública de saúde do Distrito Federal, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são onde as mulheres podem ir para acessarem os serviços.

Na UBSs, a paciente passa por avaliação e, havendo a indicação, é encaminhada para a realização da mamografia na rede, por meio do sistema de regulação. Depois, com o resultado do exame em mãos, ela deve retornar à UBS para que a equipe de saúde a avalie. Caso haja alguma alteração, a paciente é direcionada para atendimento com o mastologista, que pode solicitar outros exames, como a ultrassonografia mamária ou a biópsia. Se identificado o câncer de mama, a paciente pode realizar o tratamento oncológico — radioterapia, quimioterapia e/ou cirurgia— nos locais especializados da rede pública.

Referência Técnica Distrital (RTD) em mastologia, o médico Flávio Lúcio Vasconcelos explica que a mamografia é o único exame que reduz em torno de 25% a mortalidade por câncer de mama. “A gente sempre ressalta o quão importante é que as mulheres realizam o exame periodicamente. A recomendação é que, a partir dos 50 anos, elas façam o exame anualmente”, ressalta. Já as pacientes que possuem um risco aumentado de câncer de mama, por terem histórico familiar da doença, devem começar o rastreamento mais cedo, aos 35 anos.

No Distrito Federal, há 11 mamógrafos distribuídos no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), no Hospital de Base, no Hospital Universitário de Brasília (HUB), no Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu) e nos hospitais regionais da Asa Norte (Hran), de Santa Maria (HRSM), de Samambaia (HRSam), do Gama (HRG), de Ceilândia (HRC), de Taguatinga (HRT) e de Sobradinho (HRS).

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que sejam registrados mais de 73 mil casos de câncer de mama no Brasil, o que representa uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres. No DF, a estimativa é de 1.030 casos em 2023, ou seja, uma taxa de 49,76 por 100 mil mulheres.

Para reduzir a incidência do câncer de mama no território, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) implantou, em maio deste ano, um plano para reduzir a fila de espera da mamografia. As estratégias surtiram efeito e, em apenas alguns meses, a fila de espera foi reduzida em mais de 80%.

De abril a junho, a capacidade mensal de exames passou de 2.384 para 6.078. No início de setembro, a lista de espera para mamografia, que antes era de 14 mil mulheres, estava com 2.800 pacientes.
A nova estratégia empregada pela pasta otimizou o uso dos 11 mamógrafos da rede e, assim, o tempo de espera para a realização do exame caiu para menos da metade. Antes, as pacientes precisavam esperar entre nove meses e um ano para serem chamadas, agora, aguardam por, no máximo, quatro meses.

*Com informações da Secretaria de Saúde

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