“Vamos conversar com quem tiver que conversar. Se o candidato não quiser a gente vai conversar com o partido”, afirmou
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SÃO PAULO (Reuters) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado que tem esperanças de vencer a disputa pelo Palácio do Planalto no primeiro turno, no domingo, mas afirmou que, caso isso não aconteça, irá procurar todas as forças políticas dispostas a conversar em busca de apoio para o segundo turno.
“Vamos conversar com quem tiver que conversar. Se o candidato não quiser a gente vai conversar com o partido. Nosso barco é que nem a Arca de Noé, basta querer viver para entrar que vamos salvar todo mundo”, disse Lula em entrevista coletiva em São Paulo após encerrar sua campanha com uma caminhada com apoiadores na capital paulista.
Pesquisas Ipec e Datafolha divulgadas neste sábado apontam para uma indefinição sobre a possibilidade de Lula vencer ou não no primeiro turno. O Ipec registrou o ex-presidente com 51% dos votos válidos contra 37% do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), o que encerraria a eleição no domingo.
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Já o Datafolha mostrou Lula com 50% dos votos válidos, contra 36% de Bolsonaro, o que indica uma indefinição sobre o segundo turno. Um candidato precisa de mais da metade dos votos válidos –que excluem os brancos e nulos– para vencer no primeiro turno.
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“Faz três dias que o Datafolha me coloca com 50%. Para dar 50% mais um falta tão pouco”, disse Lula. “Eu só posso estar otimista. Acho que há muita chance de ganhar no primeiro turno, acho que o povo está com essa disposição, vamos ver qual é a tendência daqui para frente. Por isso que estou fazendo um apelo para que o povo vote amanhã”, disse Lula.
Bem-humorado, o ex-presidente avisou que, vencendo a eleição ou não já no domingo, irá para a Avenida Paulista festejar o resultado com seus apoiadores. “As pessoas não me veem como um diferente, um candidato. As pessoas me veem como um deles. É isso que me dá mais prazer, me sentir como um deles que é candidato a alguma coisa”, afirmou.
Na entrevista, Lula foi questionado se teme que o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) tente impedir que ele tome posse no caso de uma vitória, e afirmou que não teme nada. “A única coisa que eu temo é não me eleger. Mas se o povo me eleger haverá posse e tudo mais que eu tenho prometido”, afirmou.
Lula disse ainda que, se vencer as eleições, pretende viajar para alguns países antes mesmo de tomar posse, para mostrar que chegou.
Mais cedo, Lula encerrou sua campanha antes do primeiro turno com uma caminhada na zona central de São Paulo rodeado de apoiadores.
Sem poder fazer comício ou dar declarações ao público, Lula seguiu por quase dois quilômetros rodeado de apoiadores em um carro aberto, acompanhado de seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), e dos candidatos ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e ao Senado, Márcio França (PSB).
Lula dançou, pulou, cantou e recebeu camisetas, bandeiras e abraços. Apesar de aberto, o carro estava cercado por seguranças. Atiradores de elite estavam posicionado no alto de prédios ao longo de todo trajeto.
A preocupação com a segurança de Lula foi constante durante a campanha. A Polícia Federal, que faz a segurança e a análise de risco de cada candidato à Presidência, classificou Lula no nível de risco mais alto.
A caminhada, no entanto, transcorreu em um clima de tranquilidade. Não houve registros de tumultos, brigas ou confusões.
Ex-governador de SP, Alckmin fez sucesso entre os apoiadores e foi recebido com gritos de “o chuchu é nosso”, mostrando que conseguiu conquistar seu espaço dentro da base de apoio de Lula, apesar da resistência inicial de parte do PT.
No domingo, Lula votará no início da manhã em São Bernardo (SP) e depois deve acompanhar a apuração em um hotel no centro de São Paulo.
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