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Manuel Domingos Neto põe o dedo na ferida: ‘’O principal barco de guerra do Brasil, batizado ‘Atlântico’, foi fabricado pela empresa Vickers, do Reino Unido. Os britânicos utilizaram-no durante 20 anos, inclusive para ajudar a destruir o Iraque. Quando entrou em desuso, em 2018, a Marinha do Brasil o adquiriu por cerca de R$ 360 milhões. Sensores, radares, canhões e aeronaves deste barco são produtos estrangeiros. Trata-se de um instrumento que não operaria sem aporte externo para sua dispendiosa manutenção. Como estranhar que este barco se comunique com apoio da rede de satélites de Elon Musk?” Foto: Marinha do Brasil

MUSK E A DEFESA DO BRASIL

A informação de que o militar brasileiro é dependente em suas comunicações é velha. Só a ingenuidade em assuntos de Defesa explica o frisson de alguns comentadores.

O militar brasileiro é estruturalmente dependente de países hegemônicos desde a modernização do Exército e da Marinha, ocorrida nas primeiras décadas do século passado. Essa dependência foi agravada após a Segunda Guerra Mundial.

Quando digo estruturalmente dependente, penso na capacidade operacional, que pressupõe logística e poder de fogo. A locomoção e a comunicação integram com destaque a capacidade operacional.

Mais claramente: o militar brasileiro sempre dependeu de potências estrangeiras para deslocar-se por terra, mar e ar; sempre pensou em Defesa baseada em compras externas.

Em que pese rarefeitos e descontínuos esforços em busca de autonomia, nunca se preparou para abater agressores estrangeiros medianamente preparados.

A irritação causada pela notícia de que o militar brasileiro dependia da rede de satélites de Elon Musk, operada por meio da empresa Space X, insisto, deriva da abstração da realidade.

Alguns se espantam com o fato de o principal barco de guerra do Brasil, um navio aeródromo multipropósito (serve para combate e operações humanitárias) batizado “Atlântico”, usar serviços do arrogante bilionário.

Esse navio foi fabricado por secular fornecedor do militar brasileiro, a empresa Vickers, do Reino Unido.

Os britânicos utilizaram esse barco durante 20 anos, inclusive para ajudar a destruir o Iraque. Quando entrou em desuso, em 2018, a Marinha do Brasil o adquiriu por cerca de 360 milhões de reais.

Sensores, radares, canhões e aeronaves deste barco são produtos estrangeiros. Trata-se de um instrumento que não operaria sem aporte externo para sua dispendiosa manutenção.

Como estranhar que este barco se comunique com apoio da rede de satélites de Elon Musk?

A informação de que o Exército dependeria de Musk para atuar na Amazônia também causou impacto sem razão de ser: a Força Terrestre brasileira é planejada, organizada e exercitada na condição de integrante do espectro guerreiro ocidental comandado por Washington.

O Exército é mais preparado para impor a ordem interna que para submeter inimigo estrangeiro.

Alguns comentaristas acham que Lula deveria cancelar imediatamente os contratos com as empresas de Musk. Dizem até que tais contratos foram firmados por Bolsonaro, como se esse ultrarreacionário fosse capaz de tomar por si só decisões relevantes.

A ruptura com Musk poderia satisfazer nossa autoestima, mas não desfaria a incapacidade brasileira de mostrar autoridade básica na cena internacional.

Musk, espertalhão, sabe provocar. Disse que continuará “apoiando os militares brasileiros”.

Vai que o mal-estar causado pela dependência do militar brasileiro em comunicações pela internet ajude o debate sobre a reforma militar…

O Brasil tem um arremedo de Defesa. Nesse domínio, a República fracassou.

Para nossa soberania, precisamos de uma Defesa que revise o papel, a organização e a cultura das corporações armadas. Chamo essa revisão de reforma militar.

Com informações do VioMundo

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