CGU aponta que 75% dos pagamentos continuaram sendo realizados até três meses após o registro de óbito
Uma investigação conduzida pela Controladoria Geral da União (CGU) constatou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) desembolsou R$ 193 milhões para beneficiários que, segundo registros governamentais, já estavam falecidos entre janeiro de 2019 e junho de 2023, segundo Paulo Cappelli, do Metrópoles. Análise identificou pagamentos a 17,7 mil pessoas cujo óbito constava nos registros públicos.
Mais surpreendente ainda é o fato de que 75% desses pagamentos continuaram sendo realizados até três meses após o registro de óbito no Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) e no Sistema de Controle de Óbitos (Sisob), mesmo com dados disponíveis no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Receita Federal.
Entre 2019 e 2022, houve um aumento constante nos pagamentos feitos pelo INSS a beneficiários já falecidos, totalizando respectivamente R$ 35,3 milhões, R$ 41,7 milhões, R$ 42 milhões e R$ 46 milhões. No entanto, em 2023, houve uma redução para R$ 27,6 milhões.
O relatório da fiscalização não apenas identificou esses problemas, mas também destacou a urgência de o INSS avaliar e corrigir os pagamentos indevidos, além de ajustar os critérios de controle para evitar futuras ocorrências. Em resposta, o INSS confirmou as descobertas da CGU e afirmou ter encaminhado os dados às áreas responsáveis para as devidas providências.
Com informações do Brasil 247
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