Líderes do centrão revelam que Jair Bolsonaro avisou a seus ministros nos últimos dias que poderiam ser demitidos aqueles que resistissem a ceder cargos em suas pastas a membros do grupo.
Segundo relato feito por esses parlamentares à Folha de S.Paulo, a demissão de Sergio Moro se enquadra nessa prática: antes da exoneração, ele havia dito em reunião que a prerrogativa de fazer nomeações seria dele.
Bolsonaro reafirmou aos ministros que ficaram, em encontros coletivos e particulares, que ele irá distribuir postos de segundo e terceiro escalões ao centrão e não aceitará recusas. Membros do governo confirmaram a informação.
Demonizado na campanha por Bolsonaro por representar o que ele chama de “velha política”, o centrão reúne cerca de 200 dos 513 deputados e virou a esperança do presidente de, pela primeira vez, ter base de sustentação no Congresso Nacional.
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