O senador democrata Brad Hoylman, um dos representantes de Nova York no Congresso estadunidense, condenou o fato do hotel Marriott sediar um evento que irá homenagear Jair Bolsonaro como “Pessoa do Ano”, prêmio concedido a ele por uma câmara de comércio. Segundo o parlamentar, a ação dá “plataforma pública para um homofóbico”.
O senador usou sua conta no Twitter nesta quarta-feira (1) para rechaçar a postura do hotel; “O hotel Marriott respondeu à minha petição pedindo-lhes para cancelar um evento em homenagem ao homofóbico Jair Bolsonaro como “Homem do Ano”, dizendo que eles recebem grupos de todos os valores. O que vem a seguir, sediar a convenção anual do Partido Nazista Americano? Estou furioso”.
Ele ainda afirma que “homofóbicos não merecem uma plataforma pública”. “Eu não posso acreditar que o hotel Marriott quer fornecer uma no meu distrito. É ofensivo para mim como um homem gay, ainda mais com o 50º aniversário do Stonewall se aproximando”, acrescenta o parlamentar.
Petição
O senador também divulgou em suas redes uma petição pública para que o hotel cancele o evento em homagem ao capitão reformado. “Jair Bolsonaro é um notório homofóbico que certa vez disse que preferia que seu filho morresse do que ser gay. @Marriott quer sediar um evento em homenagem a ele como Homem do Ano. Isso é inaceitável. Inscreva-se e junte-se a mim dizendo ao Marriott para #CancelBolsonaro”, diz um trecho da petição.
Duas empresas já desistiram do apoio
Duas grandes empresas dos Estados Unidos – a companhia aérea Delta Airlines e a firma de tecnolgia Bain & Company – desistiram de patrocinar o evento “Pessoa do Ano”.
“A Delta Airlines retirou o apoio a uma homenagem a Jair Bolsonaro, marcada para 14 de maio em Nova York. Além da companhia aérea, a consultoria Bain & Company também anunciou que não se envolverá com o evento. A solenidade seria sediada no Museu Americano de História Natural de Nova York sediaria, mas o museu desistiu. A premiação de “Pessoa do Ano” para Bolsonaro será promovida pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos”, informou o jornalista Guilherme Amado.
Antes disso, o Museu de História Natural e o restaurante Cipriani se negaram a abrir as portas para Bolsonaro, o que fez com que o evento tenha sido deslocado para o Hotel Marriott, que será alvo de protestos até 14 de maio – data do evento – até cancele a cerimônia.
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