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Guedes disse que quer “enjaular a besta” dos investimentos públicos na PEC Emergencial, a mesma que voltaria a disponibilizar o auxílio

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que só sai do governo “se alguém me mostrar que estou fazendo algo muito errado”. Em entrevista a um canal do Youtube, Guedes disse também que quer “enjaular a besta” dos investimentos públicos na PEC Emergencial.

“Tenho noção de compromisso enquanto puder ser útil e gozar da confiança do presidente. Se o presidente não confiar em meu trabalho, sou demissível em 30 segundos. Se eu estiver conseguindo ajudar o Brasil, fazendo as coisas que acredito, devo continuar. Ofensa não me tira daqui, nem o medo, o combate, o vento, a chuva”, afirmou.PUBLICIDADE

As declarações foram dadas em entrevista ao youtuber Thiago Nigro, do canal Primo Rico, publicada nesta terça (02).

Alvo de críticas pela tentativa de enxugar os investimentos públicos em plena pandemia, com aumento de casos de Covid-19, superlotação de UTIs, desemprego e ausência do auxílio emergencial, na visão de Guedes, ele está no “caminho certo”.

“Consigo ter uma comunicação boa com o presidente de um lado e com a centro-direita de outro. O que me tira daqui é a perda da confiança do presidente e ir pro caminho errado. Se tiver que empurrar o Brasil para o caminho errado, prefiro sair. Isso não aconteceu, tenho recebido apoio do presidente e do Congresso para ir na direção certa.”

Nesse sentido, ainda, afirmou que pretende “enjaular a besta” dos “gastos desenfreados” dentro da PEC Emergencial, a mesma que voltaria a disponibilizar o auxílio.

“Queremos dizer que é preciso ter responsabilidade fiscal”, disse, completando que se trata de uma “ameaça” do “populismo” falar que “vai dar dinheiro para todo mundo”.

Contraditoriamente, contudo, o ministro disse que o acusar de reduzir os gastos com saúde e educação são “narrativas idiotas”. “Quem é o idiota que seria contra a saúde? Como posso ser contra educação se sou produto da educação? São narrativas idiotas, despreparadas, odientas”, disparou, sem se aprofundar sobre os cortes propostos por sua equipe na PEC.

Ao defender a contrapartida de cortes fiscais como exigência do governo para liberar o auxílio emergencial à população, Guedes disse “aprendemos ano passado” e “não podemos repetir”, ao se referir nos investimentos públicos com saúde e auxílio emergencial em tempos de pandemia e desemprego.

Segundo ele, ainda, não realizar cortes públicos “é o caminho da miséria, da Venezuela, da Argentina”.

Por Jornal GGN O jornal de todos os Brasis

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