Governo nega risco de desabastecimento
Explosão dos preços vai gerar problemas maiores que uma dor de barriga, presidente… (Originais: Reprodução/Wikimedia Commons e Pedro França/Agência Senado)
No fim da tarde deste sábado 30/XI, ao retornar a Brasília, o presidente Jair Bolsonaro confirmou que não irá tomar nenhuma medida para conter o aumento do preço da carne bovina no atacado.
“Quero deixar bem claro que esse negócio da carne é a lei da oferta e da procura. Não posso tabelar ou inventar”, disse Bolsonaro em conversa com fãs em frente ao Palácio da Alvorada.
Em São Paulo, o preço da carne vermelha subiu mais de 35% em um mês.
A explicação está na China: o país suspendeu parte das importações de proteína animal da África, após um surto de peste. O agronegócio brasileiro é um dos poucos mercados mundiais que consegue atender à demanda chinesa – com isso, as exportações de carne bovina do Brasil para a China deram um salto de 62% em outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2018.
Os produtores brasileiros também aproveitam a alta record do dólar – culpa do Paulo Guedes… – para faturar: dá mais dinheiro mandar a carne para fora do Brasil do que vender ela no mercado interno!
O Governo Federal nega a possibilidade de qualquer risco de desabastecimento de carne bovina no Brasil. Entretanto, no dia 25/XI, a ministra da Agricultura Tereza Cristina afirmou em entrevista que o Brasil poderá começar a comprar proteína animal no exterior: “o Brasil é grande exportador, mas pode importar carne se precisar para dar um equilíbrio ao mercado”, disse a ministra.
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